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As infecções respiratórias agudas têm se tornado uma preocupação crescente em 2024, especialmente nos estados do Rio de Janeiro e Goiás. O Boletim InfoGripe, uma publicação da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), revelou um significativo aumento nos casos em várias faixas etárias. Enquanto nas crianças e adolescentes predomina o rinovírus, nos idosos o principal causador é o coronavírus SARS-CoV-2, necessitando de ações preventivas eficazes.
Além desses dois estados, outras regiões do Brasil, como Amazonas, Amapá, Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Pernambuco, Piauí e Roraima, também estão experimentando um aumento nos casos, em grande parte concentrado entre as crianças. A síndrome respiratória aguda grave (SRAG) tem sido a mais preocupante entre as doenças respiratórias, destacando a necessidade urgente de medidas preventivas, como a vacinação.
Por que a vacinação é essencial contra infecções respiratórias?
A pesquisadora Tatiana Portella, associada ao Procc/Fiocruz e ao InfoGripe, enfatiza que a vacinação é uma estratégia chave para a prevenção de casos graves de doenças respiratórias, especialmente para populações em risco, como os idosos. A manutenção atualizada das vacinas contra covid-19 e influenza é fundamental para reduzir a gravidade e o número de infecções respiratórias.
Além da vacinação, é importante destacar a necessidade de seguir práticas de etiqueta respiratória, como o uso de máscaras em ambientes fechados e cuidado ao espirrar ou tossir, para diminuir a disseminação dos vírus. A conscientização da população sobre essas práticas pode contribuir significativamente para a redução dos casos de SRAG.
Quais são os dados atuais sobre a SRAG em 2024?
Desde o início de 2024, foram notificados 156.309 casos de SRAG no Brasil, com 73.283 deles apresentando resultado laboratorial positivo para algum tipo de vírus respiratório. Este cenário preocupa devido ao alto índice de positividade, o que reflete a circulação ativa de vírus respiratórios no país.
Os óbitos relacionados à SRAG somam 9.544 casos até o momento, dos quais 51,4% tiveram confirmação laboratorial de infecção por vírus respiratórios. Dentre os casos positivos, a distribuição dos vírus é diversificada: 28,2% são atribuídos ao influenza A, 1,8% ao influenza B, 8,5% ao VSR (vírus sincicial respiratório), 8,7% ao rinovírus e 52% ao SARS-CoV-2.
Como fortalecer a defesa contra infecções respiratórias?
Considerando o aumento das infecções respiratórias, especialmente a SRAG, o fortalecimento das campanhas de vacinação é uma medida essencial. Além disso, o monitoramento contínuo e eficaz das tendências de infecções através de ferramentas como o InfoGripe pode ajudar a antecipar surtos e agir preventivamente.
Promover atividades educativas sobre a importância da vacinação e cuidados com a saúde respiratória pode atuar na conscientização pública. O incentivo a práticas saudáveis, como boa alimentação e higienização frequente das mãos, também são pilares importantes na luta contra a disseminação de doenças respiratórias.
- Fortalecimento das campanhas de vacinação.
- Monitoramento contínuo de novos casos e tendências.
- Educação pública e conscientização.
- Promoção de práticas saudáveis e preventivas.
Dessa forma, é possível não só diminuir a incidência das infecções respiratórias, como também minimizar os impactos delas na saúde pública.