A Operação Ripária, coordenada por diversas forças policiais, desvenda um complexo esquema de tráfico de drogas em Governador Valadares, Minas Gerais. Comandada pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco), a ação visava desarticular métodos inovadores utilizados por uma organização criminosa local.
Iniciada após uma investigação de oito meses, a operação revelou as sofisticadas técnicas do grupo, que incluíam um sistema de “drive-thru” para venda de drogas. Os entorpecentes eram armazenados em ilhas fluviais nas proximidades do bairro São Tarcísio, facilmente acessíveis por pequenas embarcações, o que conferia certa discrição ao tráfico.
Como as Técnicas Inovadoras foram Descobertas?
Os métodos empregados pela quadrilha de tráfico surpreenderam os investigadores pela sua sofisticação e novidade. Utilizar pequenas embarcações para transportar drogas às ilhas fluviais não apenas facilitava o escondimento, mas também minimizava o risco de interceptação pelas patrulhas terrestres. Além disso, o serviço de “drive-thru” permitia uma rápida distribuição, sem necessidade de os compradores deixarem seus veículos.
Impacto Financeiro e Apreensões
A investigação também mostrou o grande impacto financeiro da operação ilegal, com dois suspeitos principais acumulando cerca de R$ 40 milhões em quatro anos. Uma mulher, associada ao líder da quadrilha, movimentou mais de R$ 1,5 milhão no mesmo período, destacando o alto volume de transações dentro da organização.
Durante a operação, 28 mandados de busca e apreensão foram cumpridos nos estados de Minas Gerais e Espírito Santo. Foram apreendidos mais de 160 quilos de drogas, três indivíduos foram presos temporariamente e um adolescente foi apreendido. Bens dos suspeitos foram sequestrados, e 20 contas bancárias foram bloqueadas, indicando uma ofensiva financeira contundente por parte das autoridades.
Quais Foram as Consequências da Operação?
A Operação Ripária envolveu um contingente maciço de forças de segurança, contando com 53 agentes federais, 24 policiais civis, 16 agentes da Polícia Penal e 70 policiais militares. Essa colaboração entre diferentes divisões policiais resultou em uma ação mais coordenada e eficaz.
Os presos enfrentam acusações de tráfico de drogas e participação em organização criminosa, e foram encaminhados ao sistema prisional. Permanecerão à disposição judicial enquanto os processos legais estão em andamento. A operação reforça o compromisso das autoridades em combater o tráfico com ações decisivas e eficazes na região.