O presidente Luiz Inácio Lula da Silva acolhe 40 líderes mundiais na Cúpula do G20, realizada no emblemático Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro nesta segunda-feira (18/11). A presença desses líderes reforça o Brasil como um centro de discussão de questões internacionais cruciais, incluindo iniciativas para combater a fome global.
Durante a cerimônia de abertura, o presidente Lula da Silva manteve reuniões e interações importantes com líderes de nações aliadas, incluindo o presidente chinês Xi Jinping e o líder dos EUA, Joe Biden. Essas reuniões destacam os laços diplomáticos e a importância da cooperação multilateral nas resoluções das crises mundiais.
O presidente da Argentina, Javier Milei, foi um dos últimos a chegar à cerimônia, onde cumprimentou Lula com um aperto de mão distante e posou para a foto de forma protocolar.
🇧🇷🇦🇷 Lula recebe Javier Milei no G20.pic.twitter.com/WDDLr3X8JO
— Eleições em Pauta (@eleicoesempauta) November 18, 2024
Como é o discurso do Brasil na cúpula?
O Brasil, representado por Lula, busca liderar soluções para reduzir desigualdades e assegurar o financiamento necessário para países em desenvolvimento. O compromisso do país com o tema é evidenciado em agendas globais apresentadas em sessões pregressas do G20 Social. Este evento internacional é visto como uma oportunidade para o Brasil reforçar sua posição de liderança em temas sociais e de economia mundial.
A expectativa maior é sobre o lançamento da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, uma iniciativa que destaca o empenho do Brasil em liderar a discussão sobre segurança alimentar. Esta aliança visa unir esforços internacionais para enfrentar um dos maiores desafios humanitários atuais e será o início das atividades formais da cúpula no Rio de Janeiro.
O que está em jogo?
Entre os temas mais debatidos na cúpula está a possível reforma da governança global, especialmente no que tange à estrutura do Conselho de Segurança da ONU. O atual formato, com apenas cinco membros permanentes, não inclui voz significativa dos países do Sul Global, gerando uma demanda por uma organização mais inclusiva e representativa.
O presidente Lula tem buscado apoio de outras nações emergentes para essas reformas, enfatizando a necessidade de uma governança que corresponda às aspirações dos países em desenvolvimento. Com uma proposta clara, o Brasil espera influenciar mudanças que garantam uma distribuição de poder mais equitativa no cenário internacional.
Quem compõe o G20 e quais são os desafios atuais?
O G20, composto por 19 países e a União Europeia, se posiciona como um fórum essencial para a cooperação econômica global. Dentre os membros estão potências como China, Estados Unidos, e Índia, além de nações europeias e outras economias emergentes. A cada cúpula, o grupo se depara com desafios como mudanças climáticas, crises econômicas e questões de segurança global.
Países membros:
- África do Sul
- Alemanha
- Arábia Saudita
- Argentina
- Austrália
- Brasil
- Canadá
- China
- Coreia do Sul
- Estados Unidos
- França
- Índia
- Indonésia
- Itália
- Japão
- México
- Reino Unido
- Rússia
- Turquia
Organizações:
- União Europeia
- União Africana
Faltando consenso, o encontro no Rio de Janeiro é um campo fértil para negociações complexas que envolvem interesses diversos. A ausência do líder russo, Vladmir Putin, ilustra as tensões geopolíticas que permeiam o evento, exigindo habilidade diplomática dos participantes para alcançar acordos pragmáticos.
A criação da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza destaca o compromisso do G20 em colaborar na busca por soluções sustentáveis para a erradicação dessas questões críticas. Este impulso deve fortalecer políticas de segurança alimentar e colaborativas, alavancando o desenvolvimento econômico e social em regiões altamente afetadas.