Foto: Rafael Campos/Polícia Civil do Rio de Janeiro
A Polícia Civil do Rio de Janeiro deteve um dos sócios do Laboratório PCS Saleme nesta segunda-feira, 14 de outubro de 2024. A operação faz parte da primeira fase da investigação denominada “Verum”, liderada pela Delegacia do Consumidor. Os agentes buscam esclarecer o caso de transplantes de órgãos infectados com HIV, situação que impactou seis pacientes. A ação inclui 11 mandados de busca e três mandados de prisão, envolvendo 40 agentes na capital e em Nova Iguaçu.
Investigações no Laboratório PCS Saleme
Localizado em Nova Iguaçu, o Laboratório PCS Saleme é um dos principais focos das investigações. A polícia tenta desvendar a cadeia responsável pela emissão dos laudos falsificados. A suspeita existente é de que o laboratório possa ter participado de outros casos semelhantes. A operação ocorre em meio a mandados de busca e apreensão em outros locais, cujos detalhes permanecem sob investigação.
Declarações Oficiais e Resposta do Laboratório
O secretário de Estado da Polícia Civil, Felipe Curi, comentou sobre a agilidade da operação: “Conseguimos elementos para representar pelas cautelares junto à Justiça em tempo recorde, para que os culpados sejam punidos com a maior celeridade”. Em resposta, o PCS Saleme alegou ter reportado todos os resultados de exames de HIV à Central Estadual de Transplantes durante o período de prestação de serviços. A empresa afirma seguir padrões determinados pelo Ministério da Saúde e Anvisa.
Medidas Adotadas pelo Laboratório Diante do Escândalo
Como reação à situação complicada, o laboratório abriu uma sindicância interna para averiguar as responsabilidades e rever seus procedimentos. Esta situação é descrita pela empresa como um evento “sem precedentes” em sua história. Além disso, foi prometido suporte médico e psicológico para os pacientes afetados e suas famílias. A instituição se comprometeu a colaborar plenamente com as autoridades envolvidas nas investigações.
Impacto e Repercussões no Setor de Saúde
Este incidente gerou preocupações significativas dentro do setor de saúde quanto à segurança e integridade dos procedimentos de transplante de órgãos. Governos e entidades de saúde agora enfrentam o desafio de garantir que normas e práticas seguras sejam seguidas estritamente para evitar que situações semelhantes ocorram novamente. A operação “Verum” continua em andamento, com a expectativa de que mais detalhes venham à tona nos próximos dias, à medida que as investigações avancem.