Na segunda-feira, 30 de setembro de 2024, o Secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, alertou que o Irã pode enfrentar sérias consequências caso opte por atacar Israel. Em suas declarações, ele também manifestou apoio à ação militar israelense no Líbano e enfatizou a importância de uma solução diplomática para o conflito na região.
Austin conversou com o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, e, em uma publicação no X (anteriormente conhecido como Twitter), afirmou que os Estados Unidos defendem o direito de Israel de se proteger. A principal preocupação é garantir que o Hezbollah libanês não possa realizar mais ataques ao longo da fronteira israelense.
Desde o início da guerra entre Israel e Hamas em outubro de 2023, as relações entre Tel Aviv e Teerã se tornaram extremamente tensas. O Irã tem apoiado o Hamas, acusando Israel de cometer graves violações na Faixa de Gaza e condenando os ataques israelenses ao Hezbollah no Líbano. Essa situação complicou ainda mais o cenário geopolítico na região.
Em abril de 2024, um ataque à embaixada iraniana em Damasco resultou em retaliações mútuas, aumentando ainda mais a tensão. O líder supremo do Irã, Ali Khamenei, declarou que Israel pagaria caro pelas agressões ao Hezbollah e pediu que todos os muçulmanos apoiassem o grupo libanês. Relatórios indicam que os Estados Unidos detectaram sinais de que o Irã está preparando um ataque de mísseis contra Israel.
O que Está Acontecendo Entre Israel e Líbano?
No mesmo dia, 30 de setembro, as Forças de Defesa de Israel (FDI) iniciaram uma ofensiva terrestre no sul do Líbano, denominada “Flecha do Norte”. A ação tem como objetivo atingir alvos terroristas e a infraestrutura do Hezbollah perto da fronteira. As autoridades israelenses garantem que a operação é limitada e não visa ocupar o território libanês.
O porta-voz das FDI, Avichay Adraee, anunciou que os combates no sul do Líbano estão sendo intensos. Ele acusou o Hezbollah de usar civis como escudo humano, dificultando ainda mais a situação. Desde o início da guerra na Faixa de Gaza, os confrontos na fronteira israelense com o Líbano foram intensificados. A destruição de dispositivos de comunicação do Hezbollah resultou em inúmeras mortes e feridos.
Os bombardeios contínuos entre Israel e Hezbollah causaram grandes perdas para a população civil. De acordo com o Ministério da Saúde do Líbano, mais de 1.000 libaneses morreram e 6.000 ficaram feridos. As operações israelenses visam os líderes do Hezbollah, mas os civis estão sendo gravemente afetados. A situação está causando uma profunda crise humanitária na região, com milhares de deslocados.
Lloyd Austin enfatizou que, embora o cenário seja complicado, a busca por uma solução diplomática é crucial. Ele destacou que uma resolução pacífica permitiria que os civis de ambos os lados pudessem voltar para suas casas em segurança. A mediação internacional continua a ser uma esperança para amenizar as tensões e encontrar um caminho para a paz.