O governo britânico está analisando o potencial impacto do medicamento para emagrecimento desenvolvido pela farmacêutica Eli Lilly, diante da crescente preocupação com as altas taxas de incapacidade de longa duração no país. Este medicamento, que compete com o Ozempic da Novo Nordisk, pode não apenas influenciar a saúde pública, mas também ter repercussões econômicas significativas. O anúncio de um investimento substancial na pesquisa sobre obesidade foi feito recentemente pela Eli Lilly, em parceria com o governo britânico, sinalizando o crescente interesse e esperança colocados nessas intervenções médicas.
Estudo Conduzido pela Universidade de Manchester
A Universidade de Manchester receberá a responsabilidade de liderar um estudo abrangente sobre a tirzepatida, comercializada como Mounjaro, com o foco em sua eficácia no combate à obesidade. Este estudo visa não apenas avaliar melhorias na saúde dos participantes, mas também como essas mudanças podem refletir em aspectos econômicos, como o retorno ao trabalho e a redução de dias de afastamento por doença.
O Ministro da Saúde, Wes Streeting, vê este medicamento como uma possível peça chave na transformação da saúde pública britânica. Ele destacou, em uma publicação no Telegraph, que os benefícios de longo prazo desses medicamentos podem redefinir a abordagem em relação à obesidade no país. Além disso, Streeting mencionou que as mudanças nos estilos de vida dos indivíduos são igualmente importantes para maximizar os ganhos alcançados com o uso de tais medicamentos.
Plano do NHS para Distribuição do medicamento
O Serviço Nacional de Saúde da Inglaterra (NHS) estabeleceu um plano trienal para administrar a tirzepatida a aproximadamente 250 mil pacientes. Esta ação está alinhada com os esforços para mitigar os desafios que o sistema de saúde enfrenta, especialmente após anos de crises. No entanto, Streeting salientou que o acesso a essas novas terapias deve ser acompanhado por uma responsabilidade individual em melhorar hábitos de vida, de modo a não sobrecarregar ainda mais o NHS.
A introdução dessa nova medicação não significa que a responsabilidade pela saúde individual recairá completamente sobre o sistema de saúde pública. Wes Streeting enfatizou a importância de um compromisso paralelo por parte da população em adotar hábitos de vida saudáveis. Ele alertou que esperar que o NHS suporte sozinho o fardo de comportamentos prejudiciais à saúde é insustentável e injusto.