A trombose é uma doença circulatória que se caracteriza pela formação de coágulos sanguíneos no interior das veias ou artérias, obstruindo potencialmente o fluxo normal do sangue. Esses coágulos podem levar a complicações sérias, como embolia pulmonar, se não forem tratados adequadamente. Embora ocorra em pessoas de todas as idades, pesquisas indicam que determinados grupos etários estão mais vulneráveis ao desenvolvimento da doença.
Nas mulheres, esse risco está ligado a vários fatores, especialmente a aspectos hormonais que as acompanham em diversas fases da vida. Reconhecer esses fatores de risco é vital para a prevenção e tratamento precoce da condição, ajudando a mitigar suas consequências, potencialmente graves.
Qual é a faixa etária de maior risco para trombose em mulheres?
A faixa etária de maior risco para o desenvolvimento de trombose em mulheres situa-se entre os 20 e 45 anos. Nessa idade, diversos fatores hormonais se combinam para aumentar a propensão à formação de coágulos. Após os 45 anos, especialmente depois da menopausa, o risco continua elevado devido a alterações hormonais relacionadas ao envelhecimento.
De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV), essa faixa etária é particularmente sensível, e esse risco avançado ainda está presente com o avançar da idade, marcando a importância de intervenções médicas e alterações de estilo de vida.
Fatores que contribuem para o aumento do risco de trombose
- Uso de anticoncepcionais hormonais e terapia de reposição hormonal (TRH): Mulheres que optam por contraceptivos à base de estrogênio e progesterona ou começam a utilizar TRH após a menopausa apresentam um risco aumentado. Estes hormônios podem promover a coagulação sanguínea, especialmente entre mulheres de 35 a 45 anos.
- Gravidez e pós-parto: Durante a gravidez, o corpo passa por mudanças hormonais significativas que aumentam a circulação e o volume sanguíneo, condição que persiste até o pós-parto.
- Menopausa e envelhecimento: As mudanças hormonais após os 45 anos afetam a elasticidade das veias e circulam menos estrogênio pelo sistema, fatores que potencialmente aumentam o risco de formação de coágulos.
Quais outros fatores podem influenciar na trombose?
Além dos fatores hormonais, outros aspectos podem aumentar a propensão à trombose, como um histórico familiar de coágulos sanguíneos, períodos de imobilização prolongada, tabagismo, problemas inflamatórios e condições pós-operatórias. Cada um desses elementos pode somar ao risco natural que a idade e o gênero já predispõem.
Para mulheres que possuem casos de trombose na família, o risco é particularmente elevado, justificando a necessidade de monitoramento e cuidados regulares para prevenir o desenvolvimento inesperado da doença.
Como prevenir a trombose em mulheres dos 20 aos 45 anos?
Existem várias estratégias práticas que podem ajudar a reduzir o risco de trombose. A prática de atividades físicas regulares, como caminhar, pode melhorar a circulação sanguínea e minimizar a formação de coágulos. Também é recomendado manter-se hidratado para evitar que o sangue se torne excessivamente espesso.
Se a mulher fuma, cessar esse hábito é essencial, pois o tabagismo é um dos contribuintes significativos para a trombose. Manter um peso saudável também ajuda a regular o fluxo sanguíneo, diminuindo o risco. Por fim, é prudente que mulheres que utilizam contraceptivos hormonais ou TRH consultem seus médicos para entender melhor seus riscos pessoais e discutir alternativas de menor impacto para seu tratamento.