Nos últimos anos, tem-se observado um aumento expressivo nas estatísticas de roubos e furtos de veículos, com destaque para as picapes. No terceiro trimestre de 2024, esses delitos cresceram 85,9% em comparação ao mesmo período do ano anterior, de acordo com os dados do Grupo Tracker, uma das principais empresas de rastreamento veicular do país.
Esses números alarmantes apontam para um problema crescente, que afeta tanto proprietários quanto o mercado automobilístico. A demanda por picapes roubadas tem diversas motivações, que vão além do simples uso pessoal dos veículos. Conheça a lista com os 10 carros mais econômicos para 2025.
Por que Picapes São Alvos de Roubos?
As picapes se tornaram alvos preferidos dos criminosos por diversos motivos. De acordo com Vitor Corrêa, gerente de Comando e Monitoramento do Grupo Tracker, as picapes movidas a diesel são particularmente visadas devido aos seus motores robustos. Esses motores são frequentemente utilizados em máquinas agrícolas e geradores de energia, tornando-os atrativos no mercado negro.
Além disso, os modelos roubados são frequentemente comercializados de maneira ilícita em países vizinhos. Investigações apontam que veículos sinistrados em estados como Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Paraná, São Paulo e Minas Gerais acabam sendo trocados ou vendidos no Paraguai, onde compõem uma verdadeira moeda de troca.
Quais São as Estratégias de Segurança para Proteger Picapes?
Com o aumento dos roubos, desenvolvem-se novas tecnologias para prevenção e recuperação de veículos. Uma das soluções mais eficazes oferecidas atualmente é baseada na tecnologia de radiofrequência. Esta tecnologia é imune a inibidores de sinal, ferramenta frequentemente utilizada por criminosos para desativar sistemas de localização.
Empresas especializadas em segurança veicular, como o Grupo Tracker, oferecem serviços que ampliam a proteção dos veículos, reduzindo as chances de sucesso dos criminosos. A instalação de rastreadores ajuda não apenas na recuperação de veículos, mas também atua como um fator dissuasório para roubos potencialmente planejados.
Como o Comércio Ilegal Afeta o Mercado?
O comércio ilegal de picapes roubadas não gera apenas prejuízos para os proprietários dos veículos; ele também afeta significativamente o mercado. Veículos que são comercializados fora das fronteiras do Brasil alimentam um ciclo de crimes, enfraquecendo as economias locais e internacionais e prejudicando a confiança dos consumidores na segurança veicular.
A alta demanda por picapes no mercado negro é impulsionada não apenas pelo valor dos veículos, mas também pela necessidade de peças de reposição e de motores diesel potentes. Essa comercialização desleal reduz a competitividade das operações legítimas e resulta em uma série de desafios para as forças policiais e autoridades de fronteira.
O que Pode ser Feito para Reverter este Quadro?
A crescente onda de furtos e roubos de picapes exige ações coordenadas entre diferentes setores. Fortalecer as operações de vigilância e controle em regiões de fronteira, onde frequentemente ocorre a passagem de veículos roubados, é uma das medidas prioritárias.
Além disso, é essencial aumentar as campanhas de conscientização entre os proprietários de veículos sobre a importância de adotar tecnologias de segurança. Investir em soluções de rastreamento pode ser uma barreira importante contra a atuação dos criminosos, colaborando para a proteção do patrimônio e para a redução das estatísticas de roubos de veículos.