Na noite desse domingo (13/10), um ataque com drones reivindicado pelo Hezbollah resultou na morte de quatro soldados israelenses e deixou outros 41 feridos em uma base militar próxima a Binyamina, no norte de Israel. O incidente ocorreu por volta das 19h, conforme informações das Forças de Defesa de Israel (FDI), quando os drones atingiram um refeitório onde as tropas estavam reunidas para se alimentar.
Os quatro soldados mortos foram identificados como o sargento Alon Amitay, sargento Omri Tamari, sargento Yosef Hieb e sargento Yoav Agmon. Além dos quatro falecidos, o ataque deixou oito soldados gravemente feridos. O porta-voz do Exército, contra-almirante Daniel Hagari, declarou que o incidente está sob investigação devido à falha na ativação das sirenes de alerta que deveriam ter sido disparadas com a aproximação do drone.
Reações Oficiais e Medidas de Segurança
O contra-almirante Daniel Hagari destacou a necessidade urgente de investigar como o drone conseguiu invadir o espaço aéreo sem ser detectado. Ele enfatizou que Israel tem enfrentado a ameaça de drones desde o início do atual conflito e que esforços estão sendo direcionados para melhorar a proteção contra esses equipamentos.
Em sua declaração, Hagari afirmou: “Somos obrigados a fornecer melhor proteção. Investigaremos este incidente, aprenderemos com ele e melhoraremos.” Essa declaração sublinha o compromisso das FDI com o aumento da segurança fronteiriça e a atualização das medidas defensivas em resposta a veículos aéreos não tripulados.
Modelo dos Drones Utilizados e Contexto do Conflito
A investigação preliminar, divulgada pelo jornal Times of Israel, indica que dois drones do modelo “Mirsad”, também conhecidos como “Ababil-T” no Irã, foram usados no ataque. Este modelo é considerado o principal drone suicida utilizado pelo Hezbollah. Os drones teriam entrado no espaço aéreo israelense pelo mar, reforçando a complexidade e os desafios enfrentados pelas defesas aéreas do país.
O ataque ocorre em meio a um conflito em curso entre Israel e o Hezbollah, com estatísticas mostrando um aumento no número de vítimas civis e militares nos últimos meses. O Hezbollah, após o ataque, lançou novas ameaças, indicando que a escalada pode continuar se as hostilidades persistirem.
O recente ataque com drones reflete as tensões crescentes entre Israel e o Hezbollah, com potencial para agravar ainda mais a situação na região. Desde o último ano, as hostilidades contínuas resultaram em significativas baixas, contabilizando 28 civis israelenses e 37 soldados e reservistas mortos em combates na fronteira norte do país. Com o aumento das ameaças do grupo xiita, Israel está sob crescente pressão para reforçar suas defesas e estratégias de segurança.