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Na última terça-feira, a Polícia Civil revelou que foram encontrados grãos marrons nos resíduos gástricos do menino Ythallo Raphael Tobias Rosa, de 6 anos, que faleceu por suspeita de envenenamento. O material foi recolhido durante o exame cadavérico, realizado no Instituto Médico-Legal (IML), e está agora sujeito a um exame toxicológico para identificar a substância.
Ythallo foi levado para a UPA de Del Castilho, na Zona Norte do Rio, na segunda-feira, junto com seu amigo, Benjamin Rodrigues Ribeiro, de 7 anos, que também apresentava sintomas de envenenamento. Ythallo não resistiu, enquanto Benjamin permanece internado no Hospital Municipal Miguel Couto, em estado grave.
Investigação sobre o envenenamento das crianças
A polícia está investigando se as duas crianças estiveram juntas em algum momento e se consumiram algum tipo de alimento suspeito. Ambos são alunos de uma escola municipal na Zona Norte do Rio.
Segundo Monique Tobias, mãe de Ythallo, seu filho estava brincando na rua na Comunidade Primavera, em Cavalcanti, quando uma mulher ofereceu um doce para ele:
— Ele estava na rua brincando com o primo. Uma mulher passou, ofereceu um doce para o primo, que não aceitou. Ele (Ythallo), como era pequeno, aceitou o doce, comeu um pedaço, andou mais um pouquinho para frente e ofereceu para o amiguinho dele, que está em estado grave — relatou a mãe. — É uma crueldade. Covardia é pouco. Não tenho nem o que falar. O Ythallo era brincalhão, sorridente, conhecido pela comunidade toda, amado por todo mundo. Ele brincava de tudo.
Como a escola está envolvida?
A avó de Benjamin, Sandra Regina Ribeiro, de 53 anos, mencionou que o neto apresentou sintomas após chegar da escola:
— Ele chegou da escola por volta das 17h. Estava babando um pouco. Levamos para o hospital e ele foi ficando roxo — disse Sandra.
Em nota, a Secretaria Municipal de Educação explicou que a desinsetização é feita periodicamente a cada três meses pela Comlurb, com material específico para roedores, sem usar chumbinho. Além disso, enfatizou que o aluno Ythallo não compareceu à escola nem na segunda-feira nem na sexta-feira passada. Ele foi visto pela última vez andando de bicicleta após a saída da escola.
A desinsetização pode ser uma pista?
Nesta manhã, a mãe de Benjamin foi vista na porta do hospital Miguel Couto, abalada e acompanhada do padrasto de Benjamin. A Secretaria Municipal de Saúde divulgou que os dois meninos entraram na UPA de Del Castilho em estado grave. Ythallo Raphael chegou à unidade em parada cardiorrespiratória e, apesar das manobras de reanimação, não resistiu.
O corpo de Ythallo encontra-se no Instituto Médico-Legal (IML), onde está passando por exames mais detalhados para chegar a uma conclusão sobre a causa exata da morte. Já a secretaria de Saúde está monitorando de perto a recuperação de Benjamin em estado grave.
É um caso que não apenas abala a comunidade local, mas também levanta questões sobre a segurança alimentar e a integridade dos produtos consumidos por crianças. As famílias, em meio a dores insuportáveis, esperam justiça e respostas para essa tragédia.
As ações da polícia e da comunidade
O delegado Marcus Henrique Alves, da 44ª DP (Inhaúma), lidera as investigações para identificar a mulher que ofereceu o doce possivelmente contaminado. A comunidade está colaborando com informações para ajudar nessa busca.
A situação requer ações rápidas e eficazes das autoridades para garantir que outros não sejam vítimas de acontecimentos similares. E, enquanto as investigações prosseguem, a comunidade permanece unida em apoio às famílias afetadas.
- Ythallo Raphael Tobias Rosa, de 6 anos, faleceu por suspeita de envenenamento.
- Grãos marrons foram encontrados nos resíduos gástricos dele.
- Benjamin Rodrigues Ribeiro, de 7 anos, também apresentou sintomas de envenenamento e permanece internado.
- O material recolhido foi enviado para exame toxicológico para identificar a substância.
- A polícia investiga se as crianças consumiram algum alimento contaminado oferecido por uma mulher.
Esse triste episódio serve como um lembrete sobre a importância de estar sempre vigilante com relação à segurança das crianças e das comunidades como um todo.