A Record venceu, em primeira instância, um processo movido por Antonio Nardoni, pai de Alexandre Nardoni. Alexandre foi condenado pelo assassinato de sua filha Isabella, de 5 anos de idade. O pai de Alexandre buscava indenização por danos morais, alegando o uso indevido da imagem de sua esposa no site R7, da emissora Record.
Maria Aparecida Alves Nardoni, esposa de Antonio e mãe de Alexandre, faleceu no último dia 28 de fevereiro. Antonio pedia uma indenização de R$ 20 mil à Record por uma foto usada de forma indevida em uma notícia sobre o falecimento dela. Além disso, ele exigia a remoção da imagem da reportagem.
O que diz a Justiça sobre o caso?
O juiz Pedro Rebello Bortolini, da 8ª Vara Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, decidiu que não houve prejuízo à imagem, intimidade ou vida privada da falecida ou do autor da ação. Ele destacou que a foto foi inicialmente publicada na internet por um familiar nas redes sociais. Isso, segundo o juiz, descaracteriza o uso indevido pela emissora.
Em sua decisão, Bortolini mencionou que “não se pode ignorar que a falecida é mãe de Alexandre Nardoni, envolvido em um caso criminal de grande repercussão nacional, o que continua a suscitar interesse público até os dias atuais. A veiculação de notícia sem deturpação dos fatos e com o objetivo de informar é protegida pela liberdade de imprensa, não gerando o dever de indenizar”, concluiu o magistrado.
Qual foi a defesa da Record?
Nos autos do processo, a Record argumentou que a foto serviu para noticiar um fato e o fez de forma comedida, objetiva e imparcial, sem divulgar informações inverídicas ou depreciativas. A emissora também destacou que outros portais de comunicação igualmente noticiaram o fato, utilizando a mesma imagem.
Ainda cabe recurso dessa decisão, e a defesa de Antonio Nardoni não respondeu ao pedido de comentário até a publicação desta reportagem. O espaço permanece aberto para futuras atualizações sobre o caso.
Como está o regime de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá?
Alexandre Nardoni cumpre pena em regime aberto desde 6 de maio, após deixar a Penitenciária II de Tremembé, no interior de São Paulo, onde estava preso desde 2008. Ele foi condenado pelo homicídio qualificado de sua filha Isabella, que foi agredida e arremessada de uma janela do sexto andar de um prédio na zona norte de São Paulo.
O crime, cometido em 2008, levou Alexandre a ser julgado e considerado culpado em 2010. Depois de passar mais de 15 anos presa pela morte da enteada, Anna Carolina Jatobá, esposa de Alexandre e madrasta de Isabella, também cumpre pena em regime aberto.