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Recentemente, foi anunciado que 11 marcas de azeite de oliva foram desclassificadas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) do Brasil. Produtos como Málaga, Rio Negro, e Ouro Negro já não estão dentro dos padrões exigidos pelas normas vigentes, revelando um mercado que muitas vezes esconde perigos para o consumidor desavisado.
Os responsáveis por esses produtos foram identificados com o CNPJ inativo na Receita Federal, um indicativo de irregularidade. O Mapa salientou que, além dessas, outras marcas ainda estão sob investigação e que resultados adicionais poderão ser divulgados em breve. Assim, os consumidores devem ficar atentos à legalidade e qualidade dos azeites que adquirem.
Por que os azeites foram desclassificados?
As pesquisas realizadas pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária evidenciaram que os azeites desclassificados não atendem aos parâmetros exigidos para o consumo seguro. Segundo o Mapa, supermercados e atacadistas que comercializam produtos sem procedência clara podem ser responsabilizados, reforçando a necessidade de cautela ao escolher o produto certo para levar à mesa.
Como identificar um azeite de qualidade?
Escolher um bom azeite de oliva vai além de apenas pegar uma garrafa na prateleira do supermercado. Existem dicas cruciais que podem auxiliar os consumidores a encontrar um azeite de qualidade:
- Verifique a data de envase: Produtos envasados mais recentemente asseguram maior frescor.
- Observe a embalagem: Azeites em garrafas de vidro escuro são preferíveis, pois protegem o produto da luz.
- Atenção aos rótulos: Verifique se há indicação de origem e se o azeite é realmente extra virgem.
Quais são os diferentes tipos de azeite de oliva?
Existem várias categorias de azeite, cada uma com suas características específicas. Confira os tipos principais:
- Extravirgem: Considerado de maior qualidade, com acidez menor que 0,8%, ideal para saladas e pratos frios.
- Virgem: Tem acidez até 2%, mantendo boa qualidade apesar de alguns defeitos.
- Lampante: Com acidez superior a 2%, não é adequado para consumo humano devido à qualidade inferior.
- Tipo Único: É misturado e refinado, apresentando-se como uma opção neutra para uso geral.
Quais são os riscos das fraudes no azeite?
Fraudes no azeite de oliva podem trazer sérios prejuízos à saúde. Ingredientes não autorizados, como corantes e aromatizantes, são comuns e os riscos associados ainda são amplamente desconhecidos. Na década de 80, a Espanha vivenciou um trágico episódio conhecido como “síndrome do azeite tóxico”, evidenciando o perigo das fraude s na produção desses óleos.
Azeites de oliva são ricos em benefícios cardiovasculares, o que os torna especialmente utilizados por pessoas com doenças do coração. Um produto adulterado compromete a segurança e pode agravar condições de saúde. Portanto, é fundamental a garantia da autenticidade do produto.
Consumidores devem estar atentos e, ao identificarem produtos potencialmente adulterados, têm o direito de reclamar e exigir a substituição, conforme orientações do Ministério da Agricultura.