O Governo Federal, através do Ministério de Minas e Energia, estipulou um prazo de três dias para que a distribuidora Enel restabeleça a maior parte do fornecimento de energia elétrica em São Paulo. A decisão foi anunciada pelo ministro Alexandre Silveira durante uma coletiva de imprensa realizada nesta segunda-feira (14/10). O ministro ressaltou que a empresa deve corrigir rapidamente os problemas de comunicação e manter o compromisso com a população afetada.
Prazo
Até a manhã de segunda-feira, mais de 500 mil consumidores na região da Grande São Paulo continuavam sem energia elétrica, de acordo com dados fornecidos pela Enel. Para acelerar a solução, o número de trabalhadores empenhados no restabelecimento dos serviços foi expandido de 1,3 mil para 2,9 mil, conforme relatado pelo ministro Silveira. Esse aumento de pessoal inclui profissionais cedidos por diversas transmissoras de energia, junto com mais de 200 caminhões e 50 equipamentos especializados.
Avaliação e Críticas Governamentais
O ministro Silveira fez uma análise crítica sobre a atuação da Enel, salientando que a empresa falhou em se planejar adequadamente para lidar com crises dessa magnitude. Ele destacou a necessidade de reforçar a presença de equipes nas ruas para agilizar o trabalho de restauração. Além disso, o ministro mencionou a importância de uma abordagem não reativa por parte do setor de distribuição de energia, enfatizando a indispensável eficiência e prontidão operacional.
Reunião com Setor de Distribuição de Energia
Em resposta à crise, uma reunião com representantes de todo o setor de distribuição do país foi convocada. Silveira reiterou que, dado o impacto sobre a vida cotidiana dos cidadãos paulistanos, a responsabilidade primária de resolver o problema recai sobre a distribuidora que atende a capital e a região metropolitana. O ministro destacou que o setor de distribuição é um alicerce fundamental do sistema energético brasileiro, conhecido por sua matriz diversificada e confiável.
Em sua fala, o ministro sugeriu que a Enel revisasse suas práticas de modernização para garantir que as mudanças estruturais não excluam a importância do planejamento urbano. Com isso, ele demonstrou a necessidade de estratégias de longo prazo para evitar cortes semelhantes no futuro. Ao enfatizar o papel crucial do setor de distribuição e transmissão, Silveira reafirmou o orgulho nacional pela matriz energética brasileira, que deve ser sustentada por operações eficazes e bem-preparadas.