Reprodução/redes sociais.
A segurança pública é um dos temas mais desafiadores no Brasil, um país com grande diversidade cultural e socioeconômica. A combinação de fatores como desigualdade social, acesso restrito à educação e altos índices de desemprego contribui para um ambiente onde a criminalidade encontra terreno fértil. Este contexto provoca sérios desafios para autoridades locais e nacionais na formulação de políticas eficazes de combate ao crime.
No estado do Rio de Janeiro, a violência urbana é frequentemente destacada por incidentes de grande repercussão. Rio Bonito, no Rio de Janeiro, e exemplo de localidade que enfrenta diariamente essa problemática, refletindo a realidade de muitos outros municípios brasileiros. Infelizmente, episódios envolvendo violência armada e vítimas fatais, como o recente ataque que ceifou a vida do filho de um vereador, são comuns na região.
Ataque em Rio Bonito
Jonathan Silva Cardoso, filho de um vereador de Itaboraí, foi executado a tiros, na noite dessa sexta-feira (25), durante um ataque criminoso, que deixou outras cinco pessoas feridas, em um bar, em Rio Bonito. Os criminosos chegaram armados com fuzis e abriram fogo contra os frequentadores do bar, na Avenida Sete de Maio. Após os disparos, os atiradores fugiram do local.
Aliomar Guimarães Leite, o Baianinho, de 73 anos, foi atingido na barriga e está intubado e em estado grave, e Carla Verônica Campos, de 47, foi ferida por estilhaços na cabeça e braço. Ainda não se sabe a identificação das outras três vítimas.
O ataque foi registrado por câmeras de seguranças da região e um vídeo capturou o desespero dos clientes do estabelecimento.
Ataque a tiros em bar lotado no Centro de Rio Bonito deixa um homem morto e cinco pessoas feridas. O caso aconteceu no início da madrugada deste sábado (26)
— Jornal O Dia (@jornalodia) October 26, 2024
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Como as autoridades estão respondendo?
Frente ao aumento dos índices de criminalidade, as autoridades brasileiras, incluindo as do estado do Rio de Janeiro, adotam diversas estratégias para tentar conter a violência. Ações de policiamento ostensivo, investigações aprofundadas e operações de inteligência são algumas das medidas empregadas.
No caso específico do ataque em Rio Bonito, a 119ª Delegacia de Polícia está conduzindo as investigações para identificar os perpetradores e compreender as motivações por trás do crime.
Segundo a polícia, ele tinha sido preso em 2019 por vários crimes e era suspeito de participação em uma milícia que atua em Itaboraí. “Existem informações de que ele e familiares vinham sofrendo ameaças e algumas ações do tráfico de drogas de Itaboraí. Após ele sair da cadeia, ele saiu de Itaboraí e veio para Rio Bonito há 3 meses”, disse o delegado.
“Queremos entender se esse mesmo grupo que matou o Jonathan atentou contra a outra pessoa em Itaboraí. A polícia investiga a participação de seis envolvidos diretamente na ação. Ao que parece foram três veículos: uma Hillux, que aparece nas imagens, um outro veículo e uma moto. Buscamos esses veículos. Ao que parece, a desavença foi por disputa territorial pela milícia e o tráfico em Itaboraí”.
Além disso, há esforços para aprimorar a tecnologia de segurança urbana, com a instalação de câmeras de vigilância e sistemas integrados de monitoramento que ajudam na coleta de evidências e no acompanhamento da movimentação de grupos suspeitos. Tais medidas visam fortalecer a capacidade das forças de segurança no enfrentamento da violência armada.
Ficha criminal de Jonathan
Jonathan tinha sete anotações criminais — três por homicídio, duas por receptação, uma por estelionato e uma por extorsão — e era suspeito de integrar uma milícia. Ele deixou a cadeia no dia 7 de março deste ano.
Em 2019, ele foi preso pela 71ª DP (Itaboraí) por extorsão, estelionato, homicídios e organização criminosa nos municípios de Itaboraí, Araruama e Maricá. Ele também respondeu por resistência armada por conta da fuga de uma operação realizada para capturá-lo.
Perspectivas para o futuro
A médio e longo prazo, a perspectiva de melhora nas condições de segurança pública no Brasil depende de uma abordagem multidimensional. Isso inclui não apenas a repressão eficiente ao crime, mas também o investimento em programas sociais que tratem das causas subjacentes da criminalidade. Educação de qualidade, oportunidades de emprego e a redução das desigualdades sociais são elementos essenciais para a construção de um ambiente mais seguro.
Além disso, é necessário fomentar ambiente de cooperação entre governos municipal, estadual e federal, bem como fortalecer parcerias com organizações da sociedade civil. O objetivo é criar um esforço coletivo que promova uma cultura de paz e cidadania ativa entre os habitantes, sinalizando um futuro mais seguro e próspero.
A segurança pública no Brasil continua a ser um tema complexo e dinâmico, que exige atenção constante de diversas esferas da sociedade. A população, por sua vez, desempenha um papel crucial ao manter-se informada e colaborativa com as autoridades através de denúncias e participações em iniciativas comunitárias. Com esforços contínuos e integrados, é possível caminhar rumo a um país onde a segurança seja um direito efetivamente garantido a todos os cidadãos.