Em 2024, os cidadãos brasileiros se preparam para um processo eleitoral crucial que decidirá o futuro das administrações municipais. Esse evento é marcado pelo potencial segundo turno das eleições, que se configurará no dia 27 de outubro. As cidades que não alcançarem um veredicto decisivo no primeiro turno terão a oportunidade de escolher entre os dois candidatos mais votados para o cargo de prefeito.
Segundo a legislação vigente, o segundo turno é necessário apenas em cidades com mais de 200 mil eleitores. Nessas regiões, somente se nenhum candidato obter mais de 50% dos votos válidos é que se considera a realização de uma nova rodada eleitoral. Assim, o processo eleitoral busca, através dessa regra, garantir que o eleito possua uma representativa maioria absoluta.
Condições do segundo turno das eleições
No contexto brasileiro, a exigência de maioria absoluta no resultado das eleições para alguns cargos é ditada pela Constituição Federal e estipulada pela Resolução TSE 23.734/2024. Para que ocorra o segundo turno, é necessário que o número de eleitores em um município seja superior a 200 mil. Em municípios menores, com menos de 200 mil eleitores, a escolha do prefeito é decidida no primeiro turno.
Assim, em cidades menores, o candidato que conseguir o maior número de votos se sagra vencedor, ainda que não atinja o marco dos 50%, direcionando um método simplificado para finalizar o processo eleitoral nessas localizações.
Expectativas Para Capitais e Grandes Cidades
Das 5.568 cidades que participam das eleições municipais, apenas 103 possuem o potencial de realizar o segundo turno devido ao número expressivo de eleitores. Essas cidades incluem grandes metrópoles como São Paulo, Belo Horizonte e Porto Alegre, onde as disputas políticas históricas são acirradas.
A análise das pesquisas eleitorais nas semanas que antecedem o pleito mostra a possibilidade real de segundo turno nessas capitais, devido ao alto número de candidaturas competitivas que repartem os votos entre os eleitores.
Como Funcionam os Votos Válidos?
Para determinar a necessidade de um segundo turno, considera-se a quantidade de “votos válidos”. Esses excluem votos em branco e nulos, focando apenas na intenção expressa nos candidatos participantes. Esse detalhe é crucial pois altera o cálculo da porcentagem necessária para a vitória nominal em muitas instâncias eleitorais.
Assim, o conceito de votos válidos impacta diretamente a estratégia eleitoral, incentivando campanhas a diminuírem a quantidade de votos nulos e em branco, na tentativa de angariar um apoio substancial capaz de evitar o segundo turno.
As eleições municipais de 2024 não representam apenas uma escolha de líderes locais, mas também reconfiguram o cenário político para os próximos anos. A dinâmica do segundo turno, em particular, reforça a ideia de consenso e maioria, assegurando que os eleitores tenham uma escolha robusta na liderança de suas cidades.