Foto: Paulo Pinto/Fotos Públicas
A luta contra o câncer ganha novos contornos com avanços significativos em tratamentos, como demonstrado no caso do deputado estadual Eduardo Suplicy, diagnosticado com linfoma não Hodgkin. O uso da imunoquimioterapia representa uma esperança no tratamento dessa doença, combinando imunoterapia com quimioterapia tradicional para fortalecer o sistema imunológico e atacar as células cancerígenas de forma mais eficiente.
Eduardo Suplicy iniciou seu ciclo de tratamento que consiste em seis aplicações, sob a supervisão do hematologista Dr. Celso Arrais. Este tratamento vem sendo realizado no Hospital Nove de Julho e já apresenta resultados promissores, segundo os especialistas. A imunoquimioterapia tem despontado como uma alternativa eficaz ao combinar a potência dos tratamentos convencionais com a capacidade do sistema imunológico do próprio paciente.
Quais os Benefícios da Terapia Imunoquimioterápica?
A escolha por tratamentos mais modernos como a imunoquimioterapia traz diversos benefícios para pacientes oncológicos. Um dos principais aspectos positivos é a redução de efeitos colaterais severos, comum nos tratamentos quimioterápicos tradicionais. Além disso, a combinação das duas terapias pode aumentar a eficácia do tratamento, levando a uma resposta mais rápida e robusta do organismo frente ao câncer.
Suplica também relatou que, apesar de sua condição, continua ativo em suas funções legislativas, refletindo um dos potenciais impactos benéficos do tratamento: a manutenção da qualidade de vida e disposição, aspectos frequentemente comprometidos por terapias oncológicas mais agressivas. O tratamento imunoquimioterápico, portanto, pode ser um divisor de águas no tratamento de linfomas e outras neoplasias similares.
O Papel da Cannabis no Tratamento de Parkinson e Outras Doenças
Outro tema intrínseco à saúde de Suplicy é o uso de cannabis medicinal para o tratamento da doença de Parkinson, diagnosticada anteriormente. A cannabis tem sido usada para aliviar sintomas como distonia e tremores, que são característicos do Parkinson, melhorando a qualidade de vida dos pacientes ao oferecer um tratamento complementar com menos efeitos adversos.
Diversos estudos apoiam o uso de cannabis para tratar doenças neurológicas por suas propriedades neuroprotetoras e anti-inflamatórias. No Brasil, o debate sobre a regulamentação da produção e uso medicinal da planta está avançando, mas ainda enfrenta obstáculos legais e políticos que atrasam seu pleno aproveitamento pela população.
Qual o Futuro da Cannabis Medicinal no Brasil?
No cenário legislativo, o uso medicinal da cannabis permanece um tema de discussão intensa. Em 2021, a Câmara dos Deputados aprovou um projeto possibilitando empresas a cultivarem cannabis para fins medicinais e industriais. Entretanto, a proposta não foi adiante devido a entraves políticos. O avanço dessa legislação pode ampliar o acesso a tratamentos e reduzir custos associados ao medicamento, que atualmente são altos.
O deputado Suplicy é um defensor ativo da regulamentação dos tratamentos à base de cannabis pelo Sistema Único de Saúde (SUS), trazendo à tona o debate sobre direitos humanos e a necessidade de atualização legal para acompanhar os avanços medicinais globais. A expectativa é que esses esforços culminem em mudanças significativas, permitindo que mais brasileiros tenham acesso a essa importante terapia.