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O recente apagão que atingiu diversas partes de São Paulo gerou um intenso debate político e social. O candidato do Psol à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos, esteve no centro das discussões ao criticar tanto a administração do prefeito Ricardo Nunes (MDB) quanto a atuação da distribuidora de energia Enel. O apagão, que deixou 2,1 milhões de consumidores sem eletricidade, trouxe à tona questões sobre a gestão de infraestrutura e a prestação de serviços essenciais na maior cidade do país.
Acusações de incompetência
Guilherme Boulos, após passar mais de 18 horas sem luz em sua residência, atribuiu parte da responsabilidade pela crise elétrica ao atual prefeito, Ricardo Nunes, chamando-o de incompetente em gerenciar a situação. “Estou desde cedo visitando pessoas e comunidades que foram atingidas, que estão sem luz até agora, com árvores que caíram pela incompetência, pela ausência da prefeitura do Ricardo Nunes”, disse Boulos.
Segundo ele, a prefeitura falhou em prover assistência imediata e eficaz às áreas afetadas pela queda de árvores e danos causados pelas tempestades que provocaram o apagão. “Além da Enel, que todo mundo sabe que é uma empresa horrorosa, tem um prefeito que foge das foge das responsabilidades. Ficou 3 anos sem fazer nada, apareceu no tempo de eleição. Aqui o resultado. Falta de planejamento, falta de prefeito dá nisso”, afirmou Boulos em suas redes sociais.
Conversa com o Ministério de Minas e Energia
Em meio ao caos energético, Boulos relatou ter entrado em contato com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. De acordo com o deputado, o ministério já havia sinalizado questões com a distribuidora em abril, mas a situação se agravou, levando a novos pedidos de intervenção. Neste sábado, o ministro encaminhou um novo ofício à Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) exigindo uma investigação rigorosa sobre a atuação da Enel no fornecimento de energia à capital paulista.
Repercussão e medidas futuras
A resposta do governo federal veio com cobranças à Aneel para intensificar a fiscalização da Enel. A agência reguladora foi instada a apresentar informações detalhadas sobre as providências em curso para sanar as frequentes falhas do sistema energético em São Paulo. Em comunicados, o ministro Silveira destacou a necessidade de “rigor” e “urgência” nas ações, enfatizando a segurança e o bem-estar da população afetada.
Impactos políticos
O apagão também impactou a cena política, especialmente em meio à disputa eleitoral entre Boulos e Nunes. As críticas entre os candidatos subiram de tom com o problema energético se tornando um tópico central na campanha. Enquanto Boulos insiste na falha administrativa e planejamento insuficiente, Nunes rebate, colocando a responsabilidade sobre a distribuidora e criticando a ineficácia judicial em tratar a questão.
Caminhos para a solução
A crise trouxe à tona a urgência em reavaliar contratos de concessão, eficiência de gestão pública e o papel das agências reguladoras. Enquanto a população aguarda respostas e medidas concretas, especialistas sugerem debates ampliados sobre políticas energéticas e o desenvolvimento de estratégias preventivas eficazes. A resolução desses problemas pode influenciar diretamente o modelo administrativo da cidade e a relação com seus fornecedores de serviços.