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Na manhã desta quarta-feira, 9 de fevereiro de 2024, a Polícia Civil desencadeou uma operação contra um grupo criminoso acusado de atuar como grupo de extermínio com ligações ao jogo do bicho no Rio de Janeiro. Esse grupo inclui ex-policiais e policiais militares, alguns dos quais associados ao reconhecido bicheiro Rogério de Andrade e a Flávio da Silva Santos, líder da escola de samba Mocidade Independente de Padre Miguel.
Denominada “Operação Fissão”, a ação visa cumprir diversos mandados de prisão e é fruto de um esforço colaborativo entre a Polícia Civil, o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ), através do seu Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado (GAECO), e outras entidades de segurança. Essa operação destaca a contínua luta das autoridades contra atividades ilegais e o combate ao crime organizado no estado.
Quem são os Alvos da Operação Fissão?
Os principais alvos da operação incluem ex-policiais militares identificados como Thiago Soares Andrade Silva, Anderson de Oliveira Reis Viana, Rodrigo de Oliveira Andrade de Souza e o PM Bruno Marques da Silva. Todos são acusados de envolvimento no homicídio qualificado de Fábio Romualdo Mendes, crime que, conforme a denúncia, teria sido motivado por disputas de territórios controlados por Rogério de Andrade. O Ministério Público alega que o assassinato, ocorrido em setembro de 2021, foi encomendado por um dos envolvidos que estava preso na ocasião.
Além dos mandados de prisão, estão sendo cumpridos 10 mandados de busca e apreensão em variados locais, tais como Maricá, Petrópolis, Angra dos Reis e, claro, o Rio de Janeiro. Entre os locais-alvo, encontram-se unidades prisionais e endereços de outras pessoas supostamente envolvidas no crime.
Qual é o Papel de Rogério de Andrade e Flávio da Silva Santos?
Rogério de Andrade, figura conhecida no submundo do jogo do bicho, é apontado como um dos líderes influentes por trás da disputa territorial que motivou o homicídio de Fábio Mendes. As investigações também lançam suspeitas sobre Flávio da Silva Santos, presidente da Mocidade Independente de Padre Miguel, quanto ao seu envolvimento nas operações ilícitas investigadas.
As investigações das autoridades buscam esclarecer a suposta rede de proteção e facilitação que permite a continuidade dos negócios do jogo do bicho, além de analisar a ligação de membros das forças de segurança com práticas ilegais.
Como a Polícia Militar Está Agindo Diante das Acusações?
A Corregedoria-Geral da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro se pronunciou, destacando a instauração de um procedimento para averiguar as acusações contra policiais militares mencionados na denúncia. A instituição reforça seu compromisso com a ética, garantindo a punição rigorosa de qualquer integrante envolvido em condutas ilícitas.
A nota divulgada sublinha a total colaboração com as investigações em curso, destacando a importância de manter a integridade nas fileiras da corporação e combater quaisquer desvios de conduta de seus integrantes.
Impacto da Operação e Próximos Passos
A Operação Fissão destaca o esforço contínuo das autoridades para desmantelar grupos criminosos que utilizam a força para assegurar suas atividades ilegais. A operação faz parte de uma estratégia mais ampla de combater os braços do crime organizado no Rio de Janeiro, que frequentemente envolve figuras influentes dentro e fora das forças de segurança.
- Desmantelar esquemas de proteção a atividades ilegais como o jogo do bicho.
- Responsabilizar figuras influentes que facilitam ou se beneficiam do crime organizado.
- Monitoramento contínuo das operações de grupos de extermínio e suas ligações com forças de segurança.
- Fortalecimento das investigações e parcerias interinstitucionais para combate ao crime.
As investigações seguem em andamento, e a sociedade fluminense aguarda desdobramentos e a justiça para os envolvidos. Entretanto, ações como essa reforçam a importância da vigilância permanente e do combate ao crime em todas as suas formas.