Reprodução/Marcela Coelho/Terra
A região metropolitana de São Paulo enfrenta um dos maiores apagões dos últimos anos, com mais de 1,6 milhão de clientes da Enel ainda sem fornecimento de energia. Este cenário, ocasionado por um temporal que atingiu a região na sexta-feira, 11 de outubro, complicou a situação de inúmeras famílias e serviços na Grande São Paulo. O prefeito Ricardo Nunes declarou que além dos transtornos gerados pela falta de luz, diversos semáforos e árvores caídas têm afetado a mobilidade urbana.
Medidas emergenciais e desafios
Com 960 mil endereços na capital ainda no escuro, o prefeito enfatizou a necessidade de ações rápidas para retomar a normalidade. “Estamos com nosso plano de contingência em pleno vigor,” afirmou Nunes em coletiva de imprensa. A crise é atribuída a falhas em 17 estações da Enel, cujas linhas de transmissão foram danificadas fora da cidade. Para remediar os danos, mais de 4 mil profissionais estão mobilizados, embora 60% das 386 árvores caídas ainda dependam de cortes seguros com o desligamento da energia.
A Enel São Paulo, por sua vez, destacou estar operando com 800 equipes e importando auxílio de outras filiais, como as do Rio de Janeiro e Ceará, para agilizar o restabelecimento do serviço. Apesar destas medidas, a empresa não se comprometeu com uma data específica para a recuperação total, dada a extensão dos danos.
Impactos na infraestrutura e comunidade
A magnitude dos estragos resultou na obstrução de vias e danos a construções. O Shopping SP Market foi um dos locais atingidos, onde partes da estrutura metálica se soltaram por conta dos ventos intensos. No tocante ao sistema de água, foi registrado impacto no abastecimento, com recomendação de economia até a resolução dos problemas elétricos.
Nesse contexto, a atuação do prefeito foi fundamental para a cobrança de ações por parte da Aneel, que afirmou estar avaliando a responsabilidade da Enel na inércia observada. A agência destacou a repetição dos problemas, indicando possíveis medidas de caducidade em resposta à situação.
Esforços de retomada e prognósticos
A Enel comunicou que, na sexta-feira, já havia conseguido restabelecer energia para 500 mil residências afetadas. No entanto, o presidente Guilherme Lencastre pontuou que bairros como Morumbi, Vila Sônia, e regiões da Zona Oeste continuam sendo áreas críticas. Adicionalmente, 500 geradores estão sendo distribuídos para locais prioritários, como hospitais.
O serviço de atendimento ao consumidor teve sua linha direta ampliada diante de mais de um milhão de chamados. As informações mais atualizadas recomendam que os moradores utilizem SMS, aplicativo ou site para contatos e atualizações sobre o retorno do serviço.
Previsão do tempo e recomendações finais
As previsões para os dias subsequentes indicam clima instável, com chuvas esparsas durante a madrugada, seguido de sol durante o dia. Apesar disso, a expectativa é de que o tempo melhore ao longo do final de semana, com temperaturas atingindo máximas de 27°C.
Enquanto a normalização não é alcançada, as autoridades locais continuam a reforçar a necessidade de cuidados, conservação dos recursos disponíveis e paciência de toda a comunidade afetada.