Recentemente, um desentendimento público entre o pastor Silas Malafaia, da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, e o ex-presidente Jair Bolsonaro agitou o cenário político e religioso em São Paulo. O pastor, em um momento de crítica severa, chamou Bolsonaro de “covarde” devido à omissão deste durante a eleição municipal pela capital paulista. Este episódio trouxe à tona um caldeirão de reações, tanto de apoiadores quanto de opositores de ambos os lados.
O centro da controvérsia girou em torno do apoio que Malafaia esperava de Bolsonaro para Ricardo Nunes, atual prefeito de São Paulo e candidato nas eleições, contra Pablo Marçal, do PRTB. Enfático em suas declarações, o pastor evangélico expressou insatisfação por sentir que Bolsonaro estava se afastando de temas importantes, obrigando inclusive a repensar alianças.
Após o confronto inicial, foi revelado por Malafaia em suas redes sociais que ele e Bolsonaro já haviam se entendido nesta quarta-feira (9/10). Em um tom sarcástico, se dirigiu aos críticos, referindo-se a eles como “bolsominions viúvas de Pablo Marçal”. Essa abordagem informal do pastor sinalizou um desejo de diminuição das tensões e um retorno à normalidade entre líderes que possuem base de apoio entrelaçada.
Jair Bolsonaro, por sua vez, adotou uma postura mais moderada para acalmar os ânimos. Respondendo aos ataques, o ex-presidente disse que preferia não prolongar a situação e que “meu Posto Ipiranga não tem gasolina, só tem água”, em uma analogia a uma tal calmaria que desejava manter. Tal atitude aponta para uma estratégia de controle de danos em um cenário já permeado por divisions políticas e sociais.
Como Reagiram os Filhos de Bolsonaro?
Além da resposta do próprio Jair Bolsonaro, seus filhos também se pronunciaram com tentativas de aliviar a situação. Flavio Bolsonaro enfatizou a importância de tratar questões internas de forma privada, dizendo que “roupa suja se lava em casa”. A importância de preservar a unidade entre os apoiadores foi reforçada para garantir que o apoio de Bolsonaro continue a ser uma força significativa em contextos eleitorais, como ocorrido em São Paulo.
Pablo Marçal emergiu no cenário político como uma figura controversa durante sua campanha à prefeitura de São Paulo. Influenciador digital e membro do PRTB, seu estilo e táticas de campanha chocaram-se com figuras mais tradicionais, como Silas Malafaia. Um incidente notável deu-se durante os eventos de 7 de setembro quando Marçal tentava se inserir de maneira visível após os discursos. Para Malafaia, isso pareceu uma manobra política oportunista, levando-o a fazer comentários bastante duros sobre Marçal.