Uma situação inesperada paralisou por algumas horas o cronograma do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta terça-feira (1/10). Um problema técnico obrigou o avião presidencial a permanecer no ar por cinco horas sobrevoando em círculos. A situação gerou tensão a bordo e trouxe à tona um antigo desejo de Lula: adquirir uma nova aeronave para a presidência.
O episódio teve início com um ruído intenso após a decolagem. Lula, então, dirigiu-se à cabine de comando para buscar informações e foi informado que o problema pode ter sido causado pelo impacto de um pássaro em um dos motores. Para assegurar um pouso seguro, foi necessário queimar combustível até atingir o peso ideal, o que justificou as longas horas de espera no ar. Além de Lula, também estavam na aeronave figuras importantes do governo.
Por que Trocar o Avião Presidencial?
Desde o início de seu mandato, Lula já manifestava desejo de renovar a frota da presidência. O atual modelo, um A319-ACJ, foi adquirido durante sua primeira gestão em 2005 e, segundo o presidente, já não oferece o conforto e a modernidade desejados para missões internacionais. Desta vez, a pane só intensificou essa necessidade, principalmente devido à falta de conectividade da aeronave.
Quais São as Alternativas em Discussão com a FAB?
Dentro do governo, o debate gira em torno de duas opções: reformar as aeronaves já utilizadas pela FAB ou adquirir um novo modelo mais espaçoso e moderno. O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, já se mobiliza para discutir essas possibilidades com Lula e outros membros do governo. A proposta atual é um jato como o A-330, que não só oferece mais conforto e espaço, mas também conta com instalações mais sofisticadas.
Pelo menos dois entraves dificultam a troca do atual avião presidencial. Primeiramente, a Força Aérea Brasileira já utiliza modelos como o A-330 em outras missões, o que poderia demandar uma readequação logística. Além disso, a conversão para uso presidencial teria um custo elevado, o que, em diversas ocasiões, levantou questionamentos sobre a alocação de recursos em tempos de contenção de despesas públicas.