O litoral de São Paulo foi palco de uma tragédia no último domingo (29/9), quando uma embarcação com sete pessoas naufragou na perigosa região conhecida como Garganta do Diabo, em São Vicente. Segundo informações do Metrópoles, na tarde desta quarta-feira (2/10), o corpo de Beatriz Tavares da Silva Faria, de 27 anos, que estava desaparecida desde o acidente, foi encontrado e reconhecido no Instituto Médico Legal (IML) de Santos.
O cenário permaneceu desolador para as equipes de resgate, que ainda procuram por Aline Tamarra Moreira de Amorim, de 37 anos, outra vítima que ainda não foi localizada. O acidente mobilizou, desde o início, o Grupamento de Bombeiros Marítimo (GBMar), a Estação de Bombeiros Guarda-Vidas e a Guarda Municipal de São Vicente, contando também com o apoio da Marinha do Brasil e da Polícia Ambiental.
A Garganta do Diabo é uma área conhecida por “engolir” embarcações e é famosa pelas suas fortes correntes marítimas, intensas ondas e uma formação rochosa irregular. Localizada entre a Ilha Porchat e o Parque Estadual Xixová-Japuí, a região já foi palco de outros incidentes náuticos, sendo que muitos surfistas são atraídos para lá pelas poderosas ondas, apesar dos riscos envolvidos.
Esse trecho sinuoso do mar não só oferece perigos à navegação quanto pode alterar sua própria geografia, com bancos de areia que mudam ao longo do tempo, afetando a profundidade do mar e o comportamento das ondas. Estas condições traiçoeiras tornam a Garganta do Diabo um local temido e fonte de lendas urbanas, que retratam o canal quase como uma entidade que engole embarcações desavisadas.
Como o Acidente Aconteceu?
O acidente ocorreu quando o grupo, que havia participado de uma festa, retornava à terra firme. As informações preliminares indicam que as condições do mar e a ausência de coletes salva-vidas contribuíram para a tragédia. Camila Alves, uma das sobreviventes, destacou nas redes sociais que ninguém estava alcoolizado e que todas as vítimas sofreram grandes ferimentos.
- Participação em uma festa antes do incidente.
- Ausência de coletes salva-vidas.
- Condições meteorológicas adversas no momento do naufrágio.
Quais Medidas Estão Sendo Tomadas?
Após o naufrágio, a Marinha do Brasil instaurou um inquérito administrativo para investigar as causas e as responsabilidades pelo acidente. Em nota, eles afirmaram que, embora a tragédia tenha ocorrido, não houve registros de poluição hídrica na área afetada. A busca por Aline continua, enquanto especialistas insistem na importância do uso de coletes salva-vidas e no respeito às condições climáticas antes da navegação.
Em meio a esse cenário desolador, as autoridades reforçam a necessidade de atenção redobrada ao navegar em regiões conhecidas por sua periculosidade e esperam que as lições aprendidas com esta tragédia possam prevenir futuros acidentes.