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A prática de alisamento capilar, amplamente conhecida como “escova progressiva”, está novamente sob escrutínio após a divulgação de preocupações relacionadas à saúde. Baseado em um relatório da ANSES, a Agência Nacional de Segurança Sanitária da França, a Academia Nacional de Medicina do país emitiu um alerta sobre a potencial ligação da técnica com casos de insuficiência renal aguda. Este procedimento, que visa alisar cabelos crespos, cacheados ou ondulados por meses, está sendo associado a problemas renais em algumas mulheres.
O Ácido Glioxílico e Seus Efeitos
A “escova progressiva” é notável por seu efeito duradouro, conseguido pela aplicação de queratina nos fios, posteriormente selada com aquecimento. No entanto, além da queratina, os produtos utilizados contêm compostos químicos, dos quais o ácido glioxílico é um dos principais. Introduzido como substituto do formaldeído, proibido por seus efeitos cancerígenos, o ácido glioxílico, derivado do ácido glicólico, é usado por sua capacidade de suavizar os cabelos. Contudo, sua aplicação foi relacionada a casos de insuficiência renal aguda, conforme relatórios da ANSES que identificaram tal condição após o uso de alisantes contendo essa substância.
Ações e Recomendações da ANSES
Em resposta aos casos registrados, a ANSES lançou uma investigação sobre a toxicidade renal do ácido glioxílico, destacando a necessidade de mais informações para embasar propostas de regulamentações na Europa. Até que resultados conclusivos sejam alcançados, a recomendação atual é evitar o uso de alisantes capilares que contenham o ácido, visto que os riscos associados representam uma séria preocupação de saúde pública. O monitoramento de produtos cosméticos integrais continua vital para assegurar a proteção dos consumidores.
Sinais de Alerta para Usuários
Os sintomas de insuficiência renal, advindos da exposição ao ácido glioxílico, podem surgir algumas horas após o procedimento de alisamento. Indivíduos podem experimentar dores abdominais, lombares, náuseas e vômitos. A presença desses sinais deve ser imediatamente reportada a um profissional de saúde ou a um centro de controle de intoxicações, especificando o uso de um alisante. Essa rápida intervenção pode ser crucial para o tratamento eficaz dos sintomas e para a prevenção de complicações graves.
Impacto e Considerações Finais
Embora o ácido glioxílico seja percebido como uma alternativa menos nociva quando comparado ao formaldeído, seu potencial de causar danos renais agudos não pode ser ignorado. A ANSES continua sua investigação para esclarecer os efeitos a longo prazo de sua aplicação em produtos cosméticos. A comunidade médica e os consumidores são instados a manter a vigilância e a considerar alternativas mais seguras para a modificação capilar. Enquanto isso, a transparência na comunicação dos riscos potenciais e a adesão a práticas regulamentares continuam essenciais para garantir a segurança do público.