Foto: OceanGate Expeditions/Divulgação via REUTERS
Em 22 de junho de 2023, uma implosão catastrófica do submarino Titan resultou na morte de cinco pessoas que estavam a bordo do veículo submersível pertencente à OceanGate. A tragédia ocorreu durante uma expedição aos destroços do navio Titanic, localizado a mais de 3 mil metros de profundidade.
A divulgação das descobertas feita pela Guarda Costeira dos EUA trouxe à tona detalhes sobre as condições que levaram ao acidente. O veículo não havia sido submetido a revisões técnicas por especialistas externos, conforme revelado nas audiências públicas realizadas na semana de investigações.
Carcaça do submarino Titan encontrada durante investigação sobre implosão. Imagem foi revelada em 16 de setembro de 2024. — Foto: Guarda Costeira da Marinha dos EUA
O que levou à implosão do submarino Titan?
O Titan desapareceu em 18 de junho de 2023, e suas últimas comunicações indicavam uma situação normal. Entretanto, sua estrutura possivelmente já estava comprometida devido a meses de exposição a condições climáticas adversas durante o armazenamento. Este fator pode ter deteriorado o casco, resultando na tragédia.
Como foi feita a busca pelos destroços do Titan?
No dia 22 de junho de 2023, às 10h50 (horário local), o veículo operado remotamente (ROV) da Pelagic Research Services encontrou o cone de cauda do Titan e outros destroços no fundo do mar. Esta descoberta crucial foi determinante para confirmar a implosão e a morte de todos os tripulantes a bordo.
O que dizem os especialistas sobre as causas da implosão?
De acordo com a Guarda Costeira, considerados todos os fatores, as falhas estruturais não foram percebidas a tempo pelos tripulantes. A hipótese de que ruídos detectados durante as buscas pudessem ser batidas de dentro do submarino em pedido de socorro não foi confirmada.
Testes e falhas do Titan
As audiências também revelaram que o Titan nunca passou por inspeções técnicas externas. Além disso, o armazenamento inapropriado sob condições climáticas rigorosas pode ter contribuído para a deterioração da sua estrutura.
Qual foi o impacto das descobertas e das audiências?
As audiências realizadas pela Guarda Costeira até hoje visam esclarecer as causas da tragédia e prevenir futuros incidentes semelhantes. Jason Neubauer, diretor de investigações da instituição, ressaltou a importância de entender o que aconteceu para lançar luz sobre as falhas e evitar que uma tragédia como essa volte a ocorrer.
Embora os detalhes completos do acidente ainda estejam sendo investigados, a perda dos cinco tripulantes é uma dura realidade que impactou suas famílias e a comunidade marítima. A série de audiências continua, com previsões de término na próxima semana, quando um relatório final com conclusões e recomendações será enviado ao governo dos EUA.
- O Titan nunca foi revisado por técnicos de fora da empresa OceanGate.
- O submarino foi exposto a condições climáticas adversas durante meses, deteriorando seu casco.
- As últimas comunicações registradas do Titan não indicavam problemas.
- Os destroços foram encontrados a 3.600 metros de profundidade.
- Jason Neubauer lidera as audiências que visam investigar e prevenir futuras tragédias.
Assim, a tragédia do submarino Titan nos lembra da importância de rigorosas revisões técnicas e de manter as condições ideais de armazenamento para veículos submersíveis. O desfecho das audiências proporcionará maior compreensão sobre essa tragédia e medidas preventivas necessárias para a segurança das expedições submarinas futuras.