Com uma extensão territorial vasta e diversificada, o Brasil abriga uma economia igualmente ampla e complexa. Recentemente, um levantamento realizado pelo portal Brasil 61 identificou 92 cidades brasileiras com orçamentos bilionários, espalhadas por todas as regiões. Essas cidades, que detêm uma parcela significativa da população e do PIB nacional, são vitais para a economia brasileira.
Neste artigo, vamos explorar algumas dessas cidades em diferentes regiões do Brasil, como Sudeste, Centro-Oeste, Sul, Nordeste e Norte. Vamos descobrir o que faz delas pilares econômicos e como contribuem para o progresso e desenvolvimento do país.
O Estado de São Paulo: Epicentro das Cidades Bilionárias
São Paulo é o estado com o maior número de cidades bilionárias, totalizando 29. Entre elas, Barueri se destaca por sua infraestrutura moderna e áreas empresariais como Alphaville e Tamboré, que abrigam um grande número de empresas e indústrias.
De acordo com o Sebrae, os setores mais proeminentes em Barueri são serviços de escritório, apoio administrativo e tecnologia da informação. Esta diversidade setorial é um dos fatores que contribuem para a sustentabilidade econômica da cidade, atraindo investimentos contínuos e gerando inúmeras oportunidades de negócios.
Centro-Oeste: O Papel do Agronegócio
A região Centro-Oeste possui sete cidades com orçamentos bilionários, sendo Rio Verde, em Goiás, uma das mais notáveis. A cidade é um polo agrícola, com uma economia centrada na produção de grãos e na agroindústria, como relatado pelo governo de Goiás.
Rio Verde: Um Exemplo de Prosperidade Rural
Rio Verde se destaca como a principal produtora de grãos de Goiás e uma das maiores exportadoras do estado. Além do agronegócio, a cidade conta com um comércio ativo e um setor de serviços bem estruturado, oferecendo desde shopping centers a feiras de artesanato e várias opções de lazer.
O Sul do Brasil: Turismo como Pilar Econômico
No Sul do Brasil, algumas cidades como Balneário Camboriú, em Santa Catarina, se destacam pelo turismo. Segundo o Ministério do Turismo, Balneário Camboriú recebeu aproximadamente 592 mil visitantes em janeiro de 2024, tornando-se um dos destinos turísticos mais populares do país.
O contínuo desenvolvimento da infraestrutura turística e o constante aumento no fluxo de visitantes são fatores que impulsionam a economia local, fortalecendo os setores de serviços e comércio.
Nordeste: Contribuições das Cidades Bilionárias
A região Nordeste possui 13 cidades bilionárias, com Campina Grande na Paraíba sendo uma das mais significativas. Este município é notável por seu PIB elevado, que é o segundo maior do estado, e pela sua forte indústria de transformação, especialmente na produção de bebidas e produtos têxteis.
Em 2021, Campina Grande registrou um aumento significativo na arrecadação, alcançando R$ 10,373 bilhões. Este crescimento reflete uma economia diversificada e bem sustentada, com presença significativa tanto de setores industriais quanto de comércio e serviços.
O Norte: Economias Emergentes como Marabá
Na região Norte, nove cidades possuem orçamentos bilionários, com Marabá, no Pará, se destacando. A economia de Marabá é impulsionada pelo agronegócio e pela indústria, criando um interessante equilíbrio entre os setores primário e secundário.
Marabá: Um Polo Industrial em Expansão
Marabá é conhecida por sua atividade industrial, com mais de 50 empresas localizadas em seu distrito industrial. Esta atividade industrial é complementada por um forte setor agropecuário, resultando em um PIB de aproximadamente R$ 609 milhões em 2021, conforme dados da Companhia de Desenvolvimento Econômico do Pará (CODEC).
Evolução das Cidades Bilionárias
De acordo com o especialista em orçamento público Cesar Lima, essas cidades representam atualmente cerca de 4% do PIB brasileiro. “O número de municípios bilionários tem crescido de forma consistente, indicando uma melhora contínua na economia”, diz Lima.
Em 2018, o Brasil tinha 65 cidades bilionárias; este número subiu para 82 em 2020 e chegou a 92 em 2024. Esses dados apontam uma tendência positiva no desenvolvimento econômico de várias regiões do país, confirmando o papel crucial dessas cidades na economia nacional.
Lista das Cidades Bilionárias do Brasil
Região Norte
- Boa Vista (RR) – R$ 1.679.979.055,22
- Manaus (AM) – R$ 6.681.309.235,96
- Palmas (TO) – R$ 1.499.856.437,41
- Rio Branco (AC) – R$ 1.235.913.774,05
- Porto Velho (RO) – R$ 1.913.445.032,72
- Belém (PA) – R$ 3.689.503.264,05
- Parauapebas (PA) – R$ 2.936.642.155,35
- Canaã dos Carajás (PA) – R$ 1.689.130.935,92
- Marabá (PA) – R$ 1.273.445.865,32
Região Nordeste
- Fortaleza (CE) – R$ 8.524.592.103,39
- São Luís (MA) – R$ 3.917.438.788,96
- Natal (RN) – R$ 2.886.772.520,15
- Ipojuca (PE) – R$ 1.093.574.416,96
- Jaboatão dos Guararapes (PE) – R$ 1.608.244.468,78
- Recife (PE) – R$ 5.913.598.558,04
- Maceió (AL) – R$ 2.864.244.804,72
- Aracaju (SE) – R$ 2.173.452.944,45
- Salvador (BA) – R$ 7.669.583.334,94
- Feira de Santana (BA) – R$ 1.445.676.336,68
- Camaçari (BA) – R$ 1.625.789.206,19
- João Pessoa (PB) – R$ 2.782.264.020,39
- Campina Grande (PB) – R$ 1.230.965.324,85
Região Centro-Oeste
- Dourados (MS) – R$ 1.104.267.045,30
- Campo Grande (MS) – R$ 4.377.631.757,86
- Cuiabá (MT) – R$ 3.059.625.469,51
- Aparecida de Goiânia (GO) – R$ 1.629.367.423,49
- Goiânia (GO) – R$ 6.262.460.517,01
- Anápolis (GO) – R$ 1.348.812.732,68
- Rio Verde (GO) – R$ 1.346.382.526,70
Região Sul
- Cascavel (PR) – R$ 1.289.592.452,42
- Ponta Grossa (PR) – R$ 1.068.533.088,82
- Londrina (PR) – R$ 2.361.960.262,23
- Maringá (PR) – R$ 1.946.849.319,41
- Araucária (PR) – R$ 1.332.316.828,64
- São José dos Pinhais (PR) – R$ 1.451.417.363,58
- Curitiba (PR) – R$ 9.496.885.740,70
- Pelotas (RS) – R$ 1.309.039.795,52
- Novo Hamburgo (RS) – R$ 1.102.782.260,90
- Gravataí (RS) – R$ 1.019.344.044,58
- Porto Alegre (RS) – R$ 7.833.246.487,83
- Canoas (RS) – R$ 2.123.049.830,66
- Caxias do Sul (RS) – R$ 2.301.030.677,35
- Chapecó (SC) – R$ 1.181.515.597,25
- Joinville (SC) – R$ 2.587.882.964,54
- Blumenau (SC) – R$ 1.852.114.203,10
- Balneário Camboriú (SC) – R$ 1.099.750.174,49
Região Sudeste
- Ipatinga (MG) – R$ 1.105.487.889,13
- Governador Valadares (MG) – R$ 1.127.370.296,41
- Betim (MG) – R$ 2.463.313.334,47
- Contagem (MG) – R$ 2.473.968.525,32
- Belo Horizonte (MG) – R$ 13.618.525.312,76
- Juiz de Fora (MG) – R$ 2.075.051.094,93
- Uberaba (MG) – R$ 1.722.100.407,01
- Uberlândia (MG) – R$ 3.003.748.576,80
- Volta Redonda (RJ) – R$ 1.362.978.470,82
- Angra dos Reis (RJ) – R$ 1.607.053.960,06
- Belford Roxo (RJ) – R$ 1.146.692.393,70
- Rio de Janeiro (RJ) – R$ 32.630.941.470,84
- Niterói (RJ) – R$ 4.690.122.183,90
- São Gonçalo (RJ) – R$ 2.450.282.467,00
- Campos dos Goytacazes (RJ) – R$ 2.441.078.607,39
- Vila Velha (ES) – R$ 1.398.336.743,90
- Vitória (ES) – R$ 2.387.069.247,34
- Guarujá (SP) – R$ 1.806.503.357,78
- Ribeirão Preto (SP) – R$ 3.234.578.648,37
- São José do Rio Preto (SP) – R$ 2.121.174.391,86
- São Carlos (SP) – R$ 1.081.121.951,00
- Bauru (SP) – R$ 1.386.295.645,26
- Piracicaba (SP) – R$ 2.097.865.116,87
- Limeira (SP) – R$ 1.252.482.443,02
- Americana (SP) – R$ 1.009.574.431,85
- Paulínia (SP) – R$ 1.997.065.709,50
- Hortolândia (SP) – R$ 1.115.410.961,21
- Campinas (SP) – R$ 6.537.664.615,90
- Indaiatuba (SP) – R$ 1.502.336.041,14
- Sorocaba (SP) – R$ 3.346.077.974,35
- Barueri (SP) – R$ 4.121.647.003,03
- Osasco (SP) – R$ 3.439.550.444,42
- São Paulo (SP) – R$ 72.883.792.706,42
- São Caetano do Sul (SP) – R$ 1.817.133.104,30
- Santo André (SP) – R$ 2.922.239.800,19
- Diadema (SP) – R$ 1.477.115.892,90
- São Bernardo do Campo (SP) – R$ 4.712.994.363,12
- Guarulhos (SP) – R$ 4.975.891.344,26
- Suzano (SP) – R$ 1.038.564.863,11
- Mogi das Cruzes (SP) – R$ 1.838.843.367,98
- Jacareí (SP) – R$ 1.086.902.620,04
- São José dos Campos (SP) – R$ 3.450.459.904,53
- Taubaté (SP) – R$ 1.400.186.927,73
- Praia Grande (SP) – R$ 1.824.046.575,45
- São Vicente (SP) – R$ 1.225.960.863,65
- Santos (SP) – R$ 3.158.884.824,55