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O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, autorizou os militares a reforçarem a sua presença no Oriente Médio com capacidades de apoio aéreo “defensivas” e a colocar outras forças num estado de prontidão elevado, informou o Pentágono neste domingo (29). O movimento visa aumentar a capacidade de resposta diante de possíveis ameaças na região.
“(Austin) aumentou a prontidão de forças adicionais dos EUA para serem destacadas, elevando nossa preparação para responder a várias contingências”, afirmou o porta-voz do Pentágono, major-general da Força Aérea, Patrick Ryder, em um comunicado. No entanto, a declaração não especificou quais novas aeronaves seriam implantadas na área.
Aumento da tensão no Oriente Médio
O anúncio do Pentágono vem em um momento de alta tensão na região. Israel tem lançado uma série de ataques aéreos em regiões do Líbano nos últimos dias, intensificando os confrontos com o Hezbollah.
Entenda o conflito entre Israel e Hezbollah
Israel e Hezbollah entraram em conflito recentemente, resultando em ataques contínuos. Na segunda-feira (23), o país teve o dia mais mortal desde a guerra de 2006, com mais de 500 vítimas fatais. Os alvos dos ataques israelenses são, segundo os militares, integrantes e infraestrutura bélica do Hezbollah, uma das forças paramilitares mais poderosas do Oriente Médio e apoiada pelo Irã. A ofensiva atingiu diversos pontos no Líbano, incluindo a capital, Beirute, forçando milhares de pessoas a buscarem refúgio em abrigos e abandonarem cidades no sul do país.
Possíveis implicações da incursão terrestre
Além dos ataques aéreos, uma incursão terrestre por parte de Israel não foi descartada. Os ataques entre Hezbollah e Israel começaram após o início da guerra na Faixa de Gaza. O grupo libanês é aliado do Hamas, que invadiu o território israelense em 7 de outubro de 2023, resultando na morte de centenas de pessoas e na captura de reféns. Esse conflito provocou deslocamento de milhares de moradores do norte de Israel, que faz fronteira com o Líbano.
Resposta internacional e implicações para o Brasil
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, prometeu diversas vezes fazer com que os cidadãos deslocados retornem para suas casas, e no dia 17 de setembro, Israel adicionou o retorno desses moradores como um objetivo oficial de guerra. No meio desse cenário, ao menos dois adolescentes brasileiros morreram nos ataques. O Itamaraty condenou a situação, pediu o fim das hostilidades, e o governo brasileiro está avaliando uma possível missão de resgate.
Essas movimentações no Oriente Médio destacam um cenário repleto de tensões geopolíticas. Com a escalada dos conflitos, a resposta internacional e os impactos regionais permanecem imprevisíveis, renovando a necessidade de vigilância e ações diplomáticas para evitar uma catástrofe ainda maior.