Nesta campanha eleitoral para a prefeitura de São Paulo, o candidato Pablo Marçal (PRTB) se viu no centro de uma controvérsia devido a uma fala que ganhou grande repercussão entre cristãos e judeus. No vídeo que gerou a comoção, o empresário se comparou a Salomão, rei de Israel, o que causou descontentamento entre diversos religiosos. No entanto, Marçal alegou que suas palavras foram retiradas de contexto.
O vídeo que viralizou nas redes sociais mostra Pablo Marçal dizendo: “Precisamos parar de venerar Salomão e um monte de gente. Salomão era neném. Salomão tinha jato? Salomão já acalmou piloto de helicóptero? Salomão não tem 2,4 bilhões de marcações no TikTok”. Essa declaração foi rapidamente criticada por líderes religiosos, aumentando a polêmica em torno de sua figura pública.
Pedido de Desculpas de Pablo Marçal
Ao ser questionado sobre o incidente, Pablo Marçal afirmou que nunca teve a intenção de ofender Salomão. Segundo ele, o vídeo é antigo e foi utilizado fora de seu contexto original durante a campanha eleitoral. “Peço desculpas a quem tenha se sentido ofendido. Mas esse vídeo aí que está circulando foi tirado de contexto. Nunca menosprezei Salomão. Muito pelo contrário”, disse Marçal.
Pablo Marçal é um empresário que ganhou notoriedade como coach e influenciador digital. Ele frequentemente cita figuras históricas e bíblicas em seus discursos. Marçal já demonstrou admiração por Salomão em várias ocasiões e, durante uma sabatina este ano, chegou a dizer que o rei de Israel era um político que admirava. Mesmo com essas declarações positivas, a comparação infeliz acabou sendo usada negativamente contra ele.
O Papel de Silas Malafaia e Outros Líderes na Controvérsia
A repercussão do vídeo foi amplificada por líderes religiosos como o pastor Silas Malafaia. Malafaia fez duras críticas a Marçal, afirmando que “esse sujeito não merece o voto dos cristãos e da população de São Paulo”. A influência de Malafaia é grande, e sua opinião teve um peso considerável na campanha eleitoral.
Além de Silas Malafaia, o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB), que também está na disputa eleitoral, explorou as declarações de Marçal sobre Salomão em sua propaganda eleitoral na TV. Outro influenciador, Vicky Vanilla, um teólogo bolsonarista, chegou a chamar Marçal de “vagabundo” devido às declarações.
Em resposta às críticas, Pablo Marçal convocou uma “corrente de oração” para Silas Malafaia, sugerindo que o pastor estivesse enfrentando algum problema. Essa ação foi vista por muitos como uma tentativa de desviar o foco das críticas e buscar apoio entre seus seguidores.
A campanha de Ricardo Nunes atribui a Silas Malafaia o aumento da rejeição eleitoral a Marçal, como indicado em diferentes pesquisas de intenção de voto. Esta polêmica mostra como declarações mal colocadas e retiradas de contexto podem ser usadas para influenciar a opinião pública em um período sensível como uma eleição.