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O candidato à Prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal (PRTB), respondeu recentemente a uma mensagem do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) com uma provocação, afirmando que não cometerá os mesmos erros que ele cometeu durante sua presidência. O vídeo do líder de extrema-direita foi postado no perfil do candidato municipal, gerando reações diversas.
Na mensagem, Bolsonaro sublinha que Marçal não é seu inimigo, mas menciona que ele exagera em seus posicionamentos, o que acaba gerando descredito. As trocas de farpas entre os dois evidenciam a tensão existente na direita brasileira e colocam em perspectiva a influência de Bolsonaro na eleição municipal.
Pablo Marçal promete não errar como Bolsonaro
Marçal fez questão de ressaltar que promete não errar como Bolsonaro durante seu mandato presidencial. “Valeu por tudo, capitão. Prometo não errar mais como você errou na presidência. Deixa que São Paulo está dominada”, escreveu o candidato em seu perfil.
Desde 2022, Marçal foi cotado para assumir as redes sociais do então candidato à presidência, chegou a fazer vídeos com Bolsonaro, mas divergências com Carlos Bolsonaro, responsável pelas redes sociais do pai, impediram que essa parceria avançasse.
Conflitos e reações na direita
A relação entre Pablo Marçal e os apoiadores de Bolsonaro se tornou ainda mais intensa após uma série de trocas de mensagens e provocações públicas. Bolsonaro comentou que o candidato exagera em algumas situações, o que prejudica sua credibilidade. Marçal, por outro lado, usou seu Instagram para tentar associar sua imagem à de Bolsonaro.
Apesar das declarações de apoio de Bolsonaro a Ricardo Nunes (MDB), Marçal vem ganhando espaço entre parte do eleitorado de direita. Este cenário evidencia uma polarização e desavenças internas no bloco da direita política brasileira.
Episódio da “cadeirada” e consequências
Um dos episódios mais marcantes dessa relação conflituosa ocorreu durante um debate na TV Cultura, quando José Luiz Datena (PSDB) agrediu Pablo Marçal com uma cadeira. Marçal comparou a agressão à facada que Bolsonaro sofreu em 2018. Bolsonaro, por sua vez, criticou Marçal por usar esse episódio para se promover.
“Usar um episódio desse da cadeirada, que ele provocou, para buscar se comparar comigo e Trump para conseguir o poder é lamentável”, disse Bolsonaro. Essa declaração intensificou as críticas dos aliados bolsonaristas, como Carlos Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro e o pastor Silas Malafaia, contra Marçal.
Marçal e estratégia digital
Pablo Marçal afirmou ter contribuído significativamente para a campanha de Bolsonaro com influenciadores digitais e a produção de mais de 800 vídeos. Marçal também mencionou que, por ajudar Bolsonaro, entrou para a lista de investigados da Polícia Federal. A resposta foi incisiva: “Se não existe o nós, seja mais claro”.
Essa troca não só destaca a estratégia digital de Marçal, mas também revela os riscos e consequências de se envolver em campanhas políticas controversas, especialmente em um cenário tão polarizado quanto o da política brasileira.
A disputa pela prefeitura de São Paulo promete ser intensa e, com candidatos como Marçal, que utilizam estratégias audaciosas de comunicação, o cenário eleitoral ganha novos contornos a cada dia. A conturbada relação entre Pablo Marçal e Jair Bolsonaro é apenas um dos muitos elementos que definirão os rumos das eleições municipais.