Hoje são 76 os países ou territórios que adotam o volante à direita, também conhecido como sistema inglês. Exceto o Japão, todos esses países foram colônias do Reino Unido. Entre eles estão Cingapura, Nova Zelândia, Austrália, Índia, Malásia e Japão. Curiosamente, Portugal até 1928, Itália até 1920 e Argentina até 1945 também adotaram o sistema inglês.
Em tempos passados, a Suécia também seguia a mão inglesa, mas em 3 de setembro de 1967, uma mudança massiva ocorreu. Às 11h30 da manhã, todos os carros pararam, e os motoristas trocaram de pista, começando a dirigir pela direita. Para assegurar a adaptação, os veículos tiveram que regular os faróis para não ofuscarem os motoristas em sentidos opostos. Conheça também a lista com os 10 carros mais econômicos para 2025.
Por que alguns países adotaram a direção à direita?
Há algumas teorias que explicam por que os Estados Unidos e outros países adotaram o sistema universal, com o volante à esquerda. Alguns historiadores dizem que os EUA adotaram este sistema para enfatizar sua independência da Inglaterra. Outras teorias remontam às antigas carroças de carga, onde o cocheiro se sentava no último cavalo do lado esquerdo para ter melhor visão, enquanto seu assistente, do lado direito, segurava o chicote.
Como funciona a direção à direita?
Muitos se perguntam se os comandos dos carros se invertem na mão inglesa. Na verdade, quase tudo permanece igual. A haste de seta está à esquerda, a ignição à direita e a sequência dos pedais é a mesma. A única diferença significativa é a localização da alavanca de câmbio, que se encontra à esquerda do motorista.
Quais são os desafios da mudança de lado?
O processo de adaptação de veículos para direção à direita não é simples. Nem sempre o projeto do carro pode ser simplesmente espelhado. Houve casos em que o freio de mão continuava do mesmo lado e mecanismos tiveram que ser adaptados para o outro lado, dificultando a inovação para os fabricantes de automóveis.
Como os países adaptam as fronteiras?
É interessante notar que diversos países que utilizam a mão inglesa possuem fronteiras terrestres com países que adotam o sistema universal. Em locais remotos, onde o tráfego é menor, essa diferença não é um grande problema. No entanto, em áreas mais movimentadas, soluções engenhosas são necessárias. Um exemplo disso é a Ponte Lótus entre Macau e China continental, onde há uma inversão do lado dos carros que vêm da China para o lado de Macau.
A tradição da mão inglesa ainda se mantém viva em vários cantos do mundo, apesar de muitos países terem migrado para o sistema universal. Seja por razões históricas, culturais ou de segurança, a escolha do lado da direção é um aspecto fascinante e inteiramente essencial da vida cotidiana em diversas partes do globo.