A tragédia envolvendo o submersível Titan da empresa Oceangate em uma viagem rumo aos destroços do Titanic no ano passado deixou muitos questionamentos no ar. Cinco pessoas perderam a vida no incidente, e novas audiências começaram a trazer detalhes preocupantes sobre a operação e manutenção do submersível.
Segundo David Lochridge, um ex-funcionário da Oceangate, o CEO Rush Stockton era contra treinamentos robustos e qualificação dos pilotos pela questão de custos. As audiências realizadas pela Guarda Costeira americana têm revelado uma série de negligências que contribuíram para a tragédia.
Qual era a visão de Rush Stockton para o treinamento de pilotos?
De acordo com o depoimento de Lochridge, Stockton queria que os pilotos do submersível fossem treinados em apenas uma hora, utilizando um controle similar ao de um PlayStation. O ex-funcionário ainda destacou que Stockton era contra a qualificação e certificações médicas devido aos custos envolvidos.
A falta de treinamento adequado é uma das várias falhas apontadas nas audiências pela Guarda Costeira. Outros problemas incluem a relutância em pagar por certificações médicas e a ausência de um manual de treinamento apropriado.
Quais foram os problemas enfrentados pelo Titan antes da tragédia?
A empresa Oceangate já vinha enfrentando problemas com equipamentos e segurança já há alguns anos. Depoimentos recentes indicam que o submersível Titan teve cerca de 70 falhas de equipamento em 2021 e mais 48 em 2022. Além disso, o submersível enfrentou inúmeras dificuldades em viagens anteriores, incluindo falhas críticas de equipamento.
Outro fator alarmante foi a maneira como o submersível foi armazenado. Menos de quatro semanas antes da última missão, o Titan foi deixado em temperaturas extremamente frias, sem proteção adequada contra os elementos. Isso comprometeu ainda mais sua integridade.
O que aconteceu durante a última missão do Titan?
A última missão do Titan foi marcada por uma série de eventos trágicos. A cabine do submersível foi destruída devido à intensa pressão do fundo do mar, resultando na implosão que matou todos os tripulantes de maneira instantânea e indolor, segundo especialistas.
De acordo com o ex-diretor de medicina submarina e saúde de radiação da Marinha dos EUA, Dale Molé, a pressão a cerca de 400 vezes a do nível do mar foi fatal. As chances de sobrevivência eram nulas, e as mortes foram imediatas.
O que acontece com a Oceangate após a tragédia?
Após o ocorrido, a Oceangate suspendeu todas as operações comerciais e de exploração. Em agosto do ano passado, Gordon A. Gardiner foi indicado como novo CEO, com a missão de liderar a empresa nas investigações e encerrar as atividades comerciais. Até o momento, a Oceangate não foi oficialmente responsabilizada judicialmente pelas mortes.
- A empresa suspendeu todas as operações comerciais.
- Gardiner foi nomeado para liderar a empresa durante as investigações.
- A página oficial da Oceangate exibe uma mensagem de suspensão de atividades.
Quais foram as últimas palavras da tripulação antes da implosão?
De acordo com a BBC, as últimas palavras registradas da tripulação foram “tudo bem aqui”. Essa frase precedeu a implosão que ocorreu nas profundezas do oceano Atlântico, resultando na morte de todos a bordo.
Os depoimentos das audiências revelam a extensão da negligência e dos problemas enfrentados pelo Titan e pela Oceangate, servindo de alerta para a importância da segurança e dos protocolos rigorosos em expedições tão arriscadas.
É crucial que se tomem medidas para garantir que tais tragédias não voltem a ocorrer, priorizando sempre a vida e a segurança dos envolvidos em missões de exploração submarina.