A cápsula Starliner da Boeing é vista desacoplando à Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês). Reprodução/NASA.
No sábado, dia 7 de fevereiro de 2024, a cápsula Starliner da Boeing, que teve problemas significativos em seu sistema de propulsão, fez um pouso seguro no deserto do Novo México, nos Estados Unidos. A missão não era tripulada e os astronautas enviados anteriormente à Estação Espacial Internacional (ISS) permanecem lá até o próximo ano.
Essa desacoplagem e entrada na atmosfera terrestre aconteceram na noite de sexta-feira, por volta das 19h, horário de Brasília. A operação foi transmitida ao vivo pela NASA, mostrando todo o processo de desaceleração por paraquedas e a inflagem dos airbags para um pouso suave.
Desafios e retorno da Starliner
A Starliner tem enfrentado desafios desde o seu lançamento. O principal problema estava em seu sistema de propulsão, que representava um risco elevado para trazer a tripulação de volta à Terra em segurança. Decidiu-se, portanto, que a cápsula retornaria sem tripulação, aguardando seu reaparelhamento para futuras missões.
Bill Nelson, administrador da NASA, afirmou que trazer a Starliner de volta sem tripulação foi “um compromisso com a segurança”. A Boeing realizou diversos testes para garantir a segurança, mas os problemas foram persistentes. Francamente, a segurança sempre será uma prioridade absoluta.
Principais problemas da Starliner
A missão inicial da Starliner era uma de apenas oito dias. Porém, falhas no sistema de propulsão e vazamentos impediram a concretização desse cronograma. Uma das maiores preocupações era a incapacidade da Starliner de gerar impulso suficiente para escapar da órbita da ISS e iniciar sua descida controlada à Terra.
Estes problemas levaram a NASA a escolher a SpaceX para a missão de retorno dos astronautas. A missão Crew-9, prevista para decolar no final de setembro, levará apenas dois astronautas em vez de quatro, para permitir a volta segura dos astronautas Suni Williams e Butch Wilmore.
Próximo passo para a Boeing e NASA
A missão de teste da Starliner era vista como um passo vital para restaurar a credibilidade da Boeing após vários anos de desenvolvimento desafiante e um orçamento que explodiu em US$ 1,6 bilhão desde 2016. Apesar destes desafios, a Boeing enfatizou que a segurança continua sendo sua principal prioridade.
- Desenvolvimento autônomo da Starliner para minimizar riscos humanos.
- Determinação para superar falhas nas missões anteriores.
- Maior enfoque na segurança e eficiência nos próximos testes e missões.
Bill Nelson também mencionou que está 100% confiante de que a Starliner conseguirá realizar missões tripuladas no futuro. O foco será continuamente aprimorar os sistemas para garantir a segurança e a confiabilidade.
Futuro das missões espaciais
Com as lições aprendidas, tanto a NASA quanto a Boeing estão mais preparadas para enfrentar os próximos desafios. O lançamento da Crew-9 será um marco significativo e esperançoso de trazer de volta Suni Williams e Butch Wilmore em segurança.
Esses eventos recentes reforçam a importância da colaboração e do aprimoramento contínuo na exploração espacial. A Starliner, apesar dos contratempos atuais, tem um papel fundamental no futuro das viagens espaciais, e ajustes futuros serão imperativos para garantir o sucesso de suas missões.