O candidato à Prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal (PRTB), criticou o episódio em que o Hino Nacional foi cantado em linguagem neutra durante um comício do adversário Guilherme Boulos (Psol). O fato ocorreu em um evento realizado na praça do Campo Limpo, zona sul de São Paulo, em 24 de agosto de 2024.
Marçal, durante um debate organizado pela TV Gazeta e o site MyNews neste domingo (1º.set.2024), referiu-se repetidamente a Boulos como “Boules”. A ironia se dava em referência ao controverso uso de linguagem neutra na ocasião. “Qual a sensação de passar o maior papelão da história cantando o hino nacional em linguagem neutra?”, questionou Marçal.
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Episódio do Hino Nacional em Gênero Neutro
No comício, a cantora Yurungai alterou a estrofe “dos filhos deste solo és mãe gentil” para “des filhes deste solo és mãe gentil”. O episódio gerou amplas críticas da oposição e um desgaste considerável para a campanha do Psol na capital paulista.
Como os Candidatos Reagiram?
Boulos, em resposta às críticas, enfatizou que o uso de linguagem neutra não foi uma decisão da sua campanha. Ele destacou que a produtora responsável, a Zion, foi contratada para o evento e esta, por sua vez, contratou a cantora. “Nossa campanha se pronunciou de maneira clara, e essa empresa produtora não vai mais trabalhar nos próximos eventos”, disse Boulos.
Marçal, por seu lado, continuou questionando como “estragar o patriotismo deste país”, referindo-se ao episódio. Ele ainda chamou Boulos de “bandido condenado”, levando a um clima tenso no debate.
Guilherme Boulos já havia comentado em sabatinas anteriores que a direita estava utilizando o episódio como uma ferramenta de distração. Ele apontou que essa exploração do caso visava desviar o foco dos verdadeiros problemas e das propostas de campanha.
Enquanto isso, Marçal utilizou o incidente como um exemplo de sua crítica mais ampla à esquerda e ao que considera ser um desrespeito ao patriotismo brasileiro.
A controvérsia em torno do uso de linguagem neutra no Hino Nacional despertou reações diversas nas redes sociais e na mídia. De um lado, apoiadores de Boulos defenderam a inclusão e a representação de diferentes identidades de gênero. De outro, críticos argumentaram que a mudança no hino foi um desrespeito a um símbolo nacional.
