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A campanha de Guilherme Boulos (Psol) acionou a Justiça contra dez integrantes da chamada “rede de cortes” de Pablo Marçal (PRTB), que estariam disseminando vídeos com “fake news” a respeito do deputado federal nas redes sociais. Os vídeos associam Guilherme Boulos ao consumo de cocaína, acusação levantada por Pablo Marçal.
O departamento jurídico do psolista acionou individualmente os responsáveis pelos perfis nas esferas cível, eleitoral e criminal, para acusá-los de obter retorno financeiro com a postagem dos conteúdos. A maioria dos processos se refere à veiculação irregular de propaganda eleitoral.
O impacto das fake news nas eleições
Fake news são um problema grave para a democracia, pois podem distorcer a percepção dos eleitores e influenciar indevidamente os resultados das eleições. A disseminação de informações falsas sobre figuras públicas, como no caso de Guilherme Boulos, exemplifica como essas práticas são prejudiciais.
Consequências legais
As consequências legais para quem dissemina fake news podem ser severas. No caso dos perfis acusados pela campanha de Boulos, as ações foram movidas nas esferas cível, eleitoral e criminal. A Justiça Eleitoral pode impor multas, obrigar a retirada dos conteúdos e até determinar a suspensão de perfis em redes sociais.
Como a “rede de cortes” de Pablo Marçal operava?
A chamada “rede de cortes” de Pablo Marçal operava criando e disseminando vídeos curtos nas redes sociais para promover suas ideias e atacar opositores. Segundo decisão do juiz eleitoral Antonio Maria Patiño Zorz, Marçal promovia um “campeonato” entre seus apoiadores, sugerindo premiações para aqueles que conseguissem produzir mais cortes e conteúdos sobre sua campanha.
As redes sociais de Pablo Marçal, incluindo contas no Instagram, TikTok, Twitter/X, YouTube e o site oficial, foram desativadas por decisão judicial no fim de agosto. Este bloqueio foi uma medida para interromper a disseminação das fake news e proteger a integridade do processo eleitoral.
Responsabilidade dos candidatos e eleitores
Os candidatos têm a responsabilidade de conduzir suas campanhas de maneira ética e legal. A disseminação de fake news não só prejudica os oponentes, mas também engana os eleitores. É vital que todos, incluindo os eleitores, verifiquem a veracidade das informações antes de compartilhá-las.
- A campanha de Marçal já foi obrigada a veicular sete direitos de resposta concedidos a Boulos.
- O TRE multou Marçal em R$ 10 mil por associar Boulos ao uso de drogas.
- 57% das ações na Justiça Eleitoral de São Paulo são contra a campanha do PRTB.
Em uma live no Instagram, Pablo Marçal chamou a decisão de “sem pé nem cabeça”, afirmando que suas redes seriam completamente derrubadas.
O combate às fake news é fundamental para a manutenção de uma democracia saudável. A Justiça Eleitoral desempenha um papel crucial nesse processo, garantindo que as campanhas eleitorais sejam conduzidas de maneira justa e transparente. Ao mesmo tempo, cabe a cada um de nós, cidadãos, verificar as informações e compartilhar apenas conteúdos verificados.