Nesta quarta-feira (18/9), o acesso não autorizado ao X (ex-Twitter) tornou-se um ponto crucial de discussão no Brasil. Usuários de várias regiões relataram a volta do acesso à rede social, que estava antes bloqueada por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF). Após algumas horas, o bloqueio foi restabelecido, mas a questão levantou várias perguntas sobre a atuação das operadoras, Anatel e a eficácia das medidas de bloqueio.
De acordo com informações do site Poder360, um problema técnico estava impedindo as operadoras de bloquear a plataforma. Este evento aconteceu até mesmo no próprio servidor de rede do STF, levantando mais questionamentos sobre a confiabilidade do sistema de bloqueio em vigor.
Anatel
A Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) deverá explicar o ocorrido ao STF. A agência ainda não se pronunciou oficialmente, mas uma avaliação preliminar indicou que o servidor de rede do STF é de uma operadora menor, diferente das grandes operadoras como Vivo, Claro e Starlink. Essa diferença pode ter contribuído para o problema técnico que permitiu o acesso ao X.
A volta do X foi amplamente comentada na própria plataforma, com a hashtag “O Twitter voltou” dominando os trending topics. Outros termos como “Alexandre de Moraes”, “Xandão” (apelido do ministro) e “Elon Musk” também ganharam destaque. A felicidade dos usuários ao retomar o acesso à rede social mostra como o X continua sendo uma plataforma relevante e amplamente utilizada pelos brasileiros.
Qual É o Histórico do Bloqueio da Plataforma?
O bloqueio do X remonta a 30 de agosto de 2024, quando o ministro Alexandre de Moraes ordenou a suspensão da rede social por não apresentar um representante legal no Brasil. Subsequentemente, em 2 de setembro, a Primeira Turma do STF manteve a decisão por unanimidade. Essa suspensão é um capítulo a mais na longa contenda entre Moraes e Elon Musk, dono da plataforma, que já se desenrola há meses.
Em 17 de agosto de 2024, a X fechou seu escritório no Brasil e demitiu todos os funcionários. Pouco depois, Moraes intimou Musk a nomear um representante legal no país, sob pena de tirar a rede do ar. Diante da não conformidade, a suspensão foi efetivada.
A suspensão do X levanta questões sobre bloqueio, liberdade de expressão e as consequências econômicas de tal decisão. Segundo associações de imprensa, o bloqueio afeta diretamente o trabalho de jornalistas e da mídia em geral. Economistas estimam um impacto de R$ 18 bilhões em cinco anos devido à suspensão da plataforma.
Além disso, a Anatel confirmou que continua a monitorar o cumprimento da ordem de bloqueio e reportará diretamente ao STF os resultados dessa fiscalização. A situação destaca a complexidade e os desafios técnicos envolvidos na implementação de tais medidas regulatórias.