A advogada Natalia Szermeta, esposa do candidato a prefeito de São Paulo e deputado Guilherme Boulos (PSOL-SP), está envolvida em uma controvérsia após a compra de um apartamento financiado pelo programa Minha Casa Minha Vida em 2013 e nunca ter morado nele. A regra da Caixa Econômica Federal exige que o titular do contrato resida no imóvel enquanto o financiamento durar. As informações são do portal UOL.
Em abril de 2013, Natalia adquiriu um apartamento em Taboão da Serra, na região metropolitana de São Paulo, com um financiamento acessível pelo Minha Casa Minha Vida. Segundo o site, no entanto, ao invés de morar no local, Natalia cedeu o apartamento ao Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), movimento ao qual seu marido Boulos pertencia na época.
Descumprimento das Regras do Minha Casa Minha Vida
De acordo com as normas da Caixa Econômica Federal, o descumprimento do contrato do programa Minha Casa Minha Vida pode resultar na devolução integral do subsídio concedido. Segundo a instituição, se o beneficiário não estiver morando no imóvel, deve transferir a dívida para um novo beneficiário antes de receber as chaves.
A assessoria de imprensa de Guilherme Boulos reiterou que Natalia Szermeta não tinha intenção de violar as regras e que o apartamento permaneceu no nome dela até junho de 2024, quando foi formalmente doado a Solange Luiz da Paixão, a real moradora do local.
Afinal, Qual é o Problema do Descumprimento das Regras?
Quando do financiamento, Natalia Szermeta declarou uma renda de 700 reais e se apresentou como solteira. No entanto, a informação publicada pelo Uol indica que ela já vivia com Boulos na época, juntamente com suas duas filhas, em um sobrado alugado em Taboão da Serra.
- O financiamento tinha prestações de 35 reais para Natalia.
- O restante da parcela, cerca de 597 reais, foi subsidiado pela Caixa.
Essas informações lançam mais luz sobre a questão, ressaltando a importância de seguir as diretrizes do programa habitacional.
Quais São as Consequências para Natalia e Boulos?
A situação que envolve Natalia Szermeta e Guilherme Boulos pode ter várias implicações. Primeiramente, há a questão da devolução do subsídio concedido, o que pode significar um impacto financeiro significativo. Além disso, a relevância desse incidente pode refletir na imagem pública de Boulos, especialmente em um período eleitoral. O candidato do PSOL foi conhecido por liderar diversas invasões como parte do MTST.
Em sua declaração de bens ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Boulos revelou possuir 50% de um apartamento avaliado em aproximadamente 340 mil reais. Além disso, ele teve que transferir para seu nome um imóvel de 154 m² que estava registrado no nome de seu pai, após as eleições de 2022.
Como o Caso Pode Impactar Boulos Politicamente?
Guilherme Boulos, que emergiu como uma figura proeminente liderando movimentos sociais, está agora sob escrutínio aumentado. A polêmica envolvendo a compra do imóvel pelo Minha Casa Minha Vida pode ser usada como um ponto de ataque político por seus adversários. Boulos tem um histórico de luta pelos direitos habitacionais e sociais, e essa questão pode contrastar com sua imagem pública.
A assessoria de Boulos afirmou que a doação do imóvel foi uma decisão dos pais do deputado, já refletida em seu Imposto de Renda de 2023. No entanto, a controvérsia pode ter implicações na percepção pública da integridade e gestão transparente da família do candidato.
O cenário político pode ser inflamado por esse episódio, mas também serve como um lembrete das complexidades enfrentadas por figuras públicas no cumprimento de regras e expectativas sociais.
- Polêmicas podem influenciar a percepção pública de figuras políticas.
- A declaração de bens é um fator importante na transparência eleitoral.
- A aderência às regras de programas sociais pode afetar a confiança do eleitorado.