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Após semanas de calor, o inverno finalmente apresenta seus típicos dias frios. Com a queda das temperaturas, cresce também a preocupação com os casos de infarto. Pesquisas revelam que o risco de infarto aumenta em 30% nessa estação do ano no Brasil. Em países mais frios, onde as temperaturas caem abaixo de zero, o cenário é ainda pior. Nos Estados Unidos, por exemplo, mais pessoas morrem de ataques cardíacos na última semana de dezembro do que em qualquer outra época do ano.
Por que o risco de infarto aumenta no inverno?
O cardiologista do Hcor, Dr. Jorge Koroishi, explica que o organismo responde ao frio exigindo mais esforço do coração para manter o calor corporal e um suprimento sanguíneo adequado. “As baixas temperaturas desencadeiam a constrição dos vasos sanguíneos, reduzindo o fornecimento de oxigênio ao músculo cardíaco. Isso aumenta os riscos de formação de coágulos sanguíneos, elevação da pressão arterial e dos níveis de colesterol, favorecendo complicações cardíacas”, esclarece.
O problema pode afetar pessoas de qualquer faixa etária, mas o risco aumenta conforme a idade e condições de saúde. “Para indivíduos em tratamento de doenças cardíacas pré-existentes, a sobrecarga ao trabalho cardíaco eleva significativamente o risco de angina, ataques cardíacos, arritmias e outras doenças cardiovasculares no inverno”, revela o especialista.
Como o frio influencia a saúde cardiovascular?
Além da maior exigência do coração para manter a temperatura corporal, a exposição ao frio pode provocar constrição dos vasos sanguíneos, dificultando a circulação sanguínea e exigindo mais do coração. Este ambiente é propício para a formação de coágulos, aumentando assim os riscos de infartos e outras complicações cardíacas.
Outra preocupação é com doenças infecciosas comuns no inverno, como gripes e resfriados. “A queda na temperatura deixa as pessoas mais suscetíveis a contrair gripes e resfriados. Embora não sejam graves para indivíduos saudáveis, para aqueles com doenças cardíacas, podem ser fatais”, alerta Dr. Jorge Koroishi.
Quais são as medidas preventivas para reduzir os riscos de infarto no inverno?
Reduzir os riscos de problemas cardíacos durante o inverno requer a adoção de várias medidas preventivas:
- Evite ficar exposto ao frio por longos períodos.
- Use roupas apropriadas para manter o corpo aquecido.
- Prefira realizar atividades físicas em ambientes fechados.
- Adote uma alimentação saudável, incluindo bebidas e comidas quentes.
- Redobre os cuidados com a prevenção de doenças infecciosas.
- Mantenha as consultas de rotina com o médico para ajustes na medicação, se necessário.
Seguir essas orientações pode ajudar a minimizar os riscos de complicações cardíacas no inverno. Cuidar do coração é essencial para garantir uma vida saudável mesmo nas épocas mais frias do ano.
O que especialistas recomendam para a saúde do coração no inverno?
De acordo com o Dr. Jorge Koroishi, algumas recomendações específicas podem fazer a diferença. “Evitar mudanças bruscas de temperatura, como sair de um ambiente aquecido diretamente para o frio intenso, pode reduzir o estresse cardíaco. Além disso, manter-se hidratado, mesmo no frio, é essencial para o bom funcionamento do organismo e do coração”, ressalta.
Além dessas dicas, o cardiologista também lembra da importância de um acompanhamento médico constante, especialmente para aqueles que já possuem histórico de doenças cardíacas. “A consulta de rotina pode permitir ajustes na medicação e na dieta, adaptando-os às condições específicas do inverno”, finaliza.
Com informação e cuidados preventivos, é possível atravessar o inverno com saúde e segurança, reduzindo os riscos de infarto e outras complicações cardíacas.