As Olimpíadas de Paris 2024 marcaram um momento de glória para os atletas militares brasileiros. Ao todo, 98 competidores da delegação brasileira são militares, representando suas instituições com garra e dedicação. Um desses destaques é a judoca Beatriz Souza, 3º sargento do Exército, que conquistou a primeira medalha de ouro para o Brasil no judô feminino na categoria +78kg.
Beatriz, de 26 anos, derrotou a israelense Raz Hershko na final, consagrando-se campeã olímpica. A atleta recebe um salário mensal de R$ 4.000 como sargento, mas com a vitória, garantiu uma premiação de R$ 350 mil, oferecida pelo COB (Comitê Olímpico Brasileiro). Sua trajetória nas Olimpíadas incluiu uma vitória significativa na semifinal contra a francesa Romane Dicko, número 1 do mundo no judô.
Atletas Militares nas Olimpíadas de Paris 2024
A presença de atletas militares nas Olimpíadas é uma tradição que vem se fortalecendo. Nesta edição, 31 deles pertencem ao Exército, como Beatriz. Nas últimas três edições dos Jogos Olímpicos, os militares brasileiros conquistaram 26 medalhas de um total de 57. Nos Jogos de Tóquio, realizados em 2021, os militares trouxeram 8 medalhas para casa, de um total de 21 para o Brasil.
Qual é a Importância dos Atletas Militares?
A participação dos atletas militares nas competições internacionais é essencial não apenas pelo número de medalhas que conquistam, mas também pelo exemplo de disciplina, resiliência e dedicação que demonstram. Além disso, muitos desses atletas contam com programas de incentivo e suporte financeiro, como a Bolsa Atleta, criada em 2004, que permite que se dediquem integralmente ao esporte.
Quem Está Fazendo a Diferença?
A Bolsa Atleta foi mencionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em um evento em São Gonçalo do Amarante (CE). Ele destacou a importância do programa na vida de jovens atletas que estão no início de suas carreiras. “É importante lembrar que 80% dos atletas que estão em Paris recebem Bolsa Atleta. Porque quando o atleta fica famoso ele ganha patrocínio, mas enquanto ele não é famoso, às vezes ele não tem um tênis para usar,” comentou Lula.
O presidente destacou a relevância dos programas de incentivo, afirmando que iniciativas como essas são fundamentais para que atletas de todas as partes do Brasil tenham chances iguais de sucesso. “Não é bonito ver aquilo na televisão? Por que a gente não garante que as nossas crianças nascidas nos lugares mais pobres tenham o direito de chegar ali?” perguntou Lula.
Pamédio Histórico de Performance dos Militares
A participação militar nos jogos olímpicos é uma força constante e visível. Nas edições anteriores, os atletas militares demonstraram um padrão consistente de desempenho, levando a números extraordinários na contabilização de medalhas. Esse comprometimento é facilitado por programas específicos que unem a rigidez e a disciplina militar à vontade ardente do esporte.
Além disso, esses atletas são incentivados a continuar avançando em suas carreiras militares, paralelamente às suas carreiras esportivas, o que fortalece tanto a nação quanto o espírito esportivo. O apoio estruturado, desde tempos de treinamento rigoroso até as competições internacionais, mostra como a combinação das duas áreas pode gerar sucesso.
Para os próximos eventos, a expectativa é que esse desempenho só melhore, trazendo mais medalhas e honras para o Brasil, tanto no campo esportivo quanto no cenário militar. A harmonização dessas duas importantes áreas é um passo importante para um futuro repleto de mais conquistas e reconhecimento para os atletas brasileiros.
Com uma estrutura sólida e programas contínuos de suporte, o Brasil está em uma posição favorável para continuar sendo destaque nas competições internacionais. A união da disciplina militar e do talento esportivo é certamente uma fórmula vencedora.