Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
A Polícia Federal (PF) se prepara para intimar o delegado da Polícia Civil de São Paulo, José Luiz Antunes, devido à apreensão do celular de Eduardo Tagliaferro. Esta ação envolve ex-chefe da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação (AEED) do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 2023. A Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP) aguarda o ofício oficial, previsto para ser expedido nesta sexta-feira (23).
A PF também comunicou informalmente à cúpula da SSP-SP que pretende ouvir os outros dois delegados envolvidos nesta controvérsia. Este movimento ocorre enquanto são levantadas dúvidas sobre a legalidade e a integridade do processo de apreensão do dispositivo eletrônico de Tagliaferro.
O Que Está em Jogo na Apreensão do Celular?
Eduardo Tagliaferro relatou sentir-se “seguro” ao saber que seu celular seria levado ao gabinete do ministro Alexandre de Moraes, em Brasília. Esta informação teria sido divulgada por Celso Luiz de Oliveira, cunhado de Tagliaferro, com base em uma declaração do delegado João Luiz. No período da apreensão, Tagliaferro estava detido por violência doméstica.
Segundo Tagliaferro, ele entregou o celular desbloqueado aos agentes e o recebeu de volta, já deslacrado e corrompido, seis dias depois. O ex-chefe da AEED nega qualquer envolvimento no vazamento das mensagens, levantando mais questões sobre a condução do caso.
Por Que a PF Está Investigando a Ação dos Delegados?
A determinação do ministro Alexandre de Moraes, feita na quinta-feira (22), originou o pedido para que Tagliaferro entregasse voluntariamente seu celular às autoridades. No entanto, ele teria se recusado. Após os depoimentos de Tagliaferro, sua ex-mulher e seu ex-cunhado, o ministro ordenou a apreensão do aparelho.
- Mensagens e arquivos trocados entre Moraes, seus auxiliares e outros membros de sua equipe pelo WhatsApp suscitam várias dúvidas.
- Os documentos acessados pela Folha não indicavam oficialmente que a produção de relatórios foi a pedido do ministro ou de seu gabinete
- Os relatórios foram, em parte, solicitados por um juiz auxiliar do TSE ou por denúncias anônimas.
Quais as Implicações Desta Apreensão Polêmica?
Essa ação da PF levanta várias implicações jurídicas e políticas. A produção dos relatórios, embasada em documentos não oficiais, era utilizada para fundamentar ações criminais contra apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro. A falta de clareza e a possível ilegalidade destas solicitações não oficiais adicionam um grau de complexidade ao caso.
Entre os funcionários do TSE, envolvem-se diretamente o juiz e assessor Airton Vieira e o perito criminal Eduardo Tagliaferro. A controvérsia gera tensão entre a alta cúpula judicial e as autoridades de segurança pública.
Conclusão ou Mais Questões?
O caso segue em investigação e produz grandes repercussões, tanto na esfera jurídica quanto política. A intimação dos delegados envolvidos é um passo importante para esclarecer as circunstâncias e a legalidade da apreensão do celular de Eduardo Tagliaferro. As perguntas sobre a cadeia de evidências e a integridade das ações policiais permanecem sem resposta enquanto novas informações continuam surgindo.
- Outros desenvolvimentos deste caso podem influenciar futuras ações judiciais e legais de grande relevância.
- A colaboração entre diferentes níveis de governo e segurança pública será essencial para resolver esta situação delicada.
- A tensão entre as agências federais e estaduais reflete-se na percepção pública e na confiança nas instituições governamentais.
Continuaremos acompanhando este caso para trazer as últimas atualizações e análises profundas sobre o desenrolar dos eventos e suas implicações.