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O Mounjaro, conhecido como “Ozempic dos ricos”, tem se destacado em Brasília, com a adesão de figuras importantes como o presidente Lula, deputados, senadores e até um ministro do Supremo Tribunal Federal. Mas o que está por trás dessa febre?
Assim como o Ozempic, o Mounjaro simula hormônios ligados à saciedade e à digestão mais lenta. O princípio ativo, tirzepatida, age sobre dois hormônios: o GLP-1 e o GIP. A consequência é a redução da fome e, inevitavelmente, da ingestão calórica.
No entanto, vale notar que o uso para perda de peso ainda não é autorizado no Brasil. Legalmente, o Mounjaro é aprovado para o tratamento de diabetes tipo 2, ajudando na produção de insulina pelo pâncreas.
Como o Mounjaro funciona?
A tirzepatida, a substância ativa do Mounjaro, é o segredo por trás dos resultados impressionantes obtidos pelos usuários. Este medicamento simula dois hormônios importantes que regulam a saciedade e o esvaziamento gástrico: GLP-1 e GIP.
Quando essas substâncias interagem com o organismo, a sensação de fome diminui, levando a uma menor ingestão calórica. Consequentemente, ocorre a perda de peso. No entanto, esse uso alternativo ainda espera aprovação oficial no Brasil.
Ministro do STF emagreceu 27 quilos com uso do medicamento
O ministro Flávio Dino, do STF, é um exemplo notável. Ele conseguiu reduzir seu peso em 27 quilos, passando de 152 kg para 125 kg desde que começou o tratamento com o Mounjaro.
Efeitos colaterais
Embora os benefícios do Mounjaro sejam evidentes, ele não está livre de efeitos colaterais. Os sintomas mais comuns incluem náuseas, vômitos e diarreias. Esses efeitos geralmente são moderados e temporários, ocorrendo principalmente no início do tratamento.
Flávio Dino, por exemplo, relatou indisposições que o levaram a faltar a eventos importantes. Entretanto, esses episódios são considerados parte do processo de ajuste à medicação.
Custo do Mounjaro
Um dos fatores que dificultam o acesso ao Mounjaro é seu preço elevado. Nos Estados Unidos, o tratamento mensal custa, em média, US$ 1.000, o que equivale a cerca de R$ 5.700. No Brasil, com os custos de importação, o preço pode chegar até R$ 15.000 por mês.
Isso faz com que o medicamento se torne acessível apenas a uma pequena parcela da população, geralmente figuras influentes e de alta renda, como é o caso dos políticos em Brasília.
O Mounjaro é seguro?
Embora o Mounjaro tenha mostrado resultados satisfatórios na perda de peso e no tratamento de diabetes tipo 2, a segurança do seu uso prolongado ainda está sob análise. Portanto, é vital que os usuários sigam rigorosamente as orientações médicas.
A Anvisa ainda não liberou a utilização do Mounjaro para perda de peso. Os efeitos a longo prazo e a segurança do uso off-label demandam mais estudos e aprovação das autoridades competentes.
Com tantos benefícios e desvantagens, o Mounjaro continua a ser uma escolha controversa, ganhando adeptos entre os que podem arcar com seu alto custo e lidam bem com seus possíveis efeitos colaterais.