Nísia Trindade, ministra da Saúde do Brasil, descartou a chance de uma pandemia por Mpox no país. A declaração foi feita durante entrevista ao Live CNN nesta quarta-feira (21/8). A resposta da ministra veio após ser questionada pela analista de política da CNN, Basília Rodrigues, sobre a comparação da Mpox com a Covid-19.
Trindade foi clara ao afirmar que, embora seja um alerta importante, não há motivo para alarme no sentido de pandemia. “Trata-se de alerta e é muito importante frisar isso, mas não de uma situação que devemos ter alarme, no sentido de uma pandemia,” ponderou a ministra.
Centro de emergência para viajantes e medidas preventivas
O governo brasileiro está em fase de elaboração de um centro de emergência para viajantes, uma ação conjunta entre o Ministério da Saúde e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Esse projeto visa fortalecer a vigilância e conscientização dos sintomas da Mpox, principalmente em portos e aeroportos.
Nísia Trindade destacou que as medidas de segurança não se limitam aos brasileiros vindos da África, mas a qualquer viajante. “Não só em relação a pessoas vindas da África. Basta lembrar que já aconteceu caso na Suécia, que é de um viajante. Neste momento, o alerta deve ser geral.”
Como estão as missões de apoio ao combate da Mpox?
A ministra também mencionou que o Brasil está estudando missões junto à Organização Mundial da Saúde (OMS) para apoiar populações em situação de surtos. “Estamos estudando missões juntos à OMS para apoio a essas populações em situação de surtos”, informou Nísia Trindade.
Ministra fala sobre vacina contra a Mpox
Segundo Nísia Trindade, o Brasil já deu início ao desenvolvimento de uma vacina para combater a Mpox. O projeto é uma parceria entre o Ministério da Saúde e o Instituto de Ciência e Tecnologia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
No entanto, existem preocupações sobre o estágio da vacina, que ainda está “em fase muito preliminar”. Além disso, a vacina em processo de desenvolvimento não atende às variantes atuais da Mpox devido à “falta de tempo de desenvolvimento” dos imunizantes.
Um dos objetivos da ministra é a criação de uma “biblioteca de vacinas”, que seria fundamental para enfrentar futuras emergências sanitárias. Nesse momento, porém, Nísia Trindade afirmou que “não há recomendação de vacinação em massa”.