A Justiça Eleitoral determinou, na noite de quinta-feira (22), que Pablo Marçal (PRTB) exclua, em até 24 horas (sob pena de multa), um vídeo publicado em suas redes sociais no qual ele insinua que Guilherme Boulos (PSOL) seria usuário de cocaína. Na decisão da juíza auxiliar Cláudia Barrichello, do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP), a magistrada ressaltou que o vídeo “tem o objetivo único de difamar e macular a imagem do representante Guilherme Boulos”.
O vídeo em questão, publicado nesta semana, foi feito em parceria com o suplente de deputado federal e candidato a vereador Daniel José (Podemos), que também compartilhou o conteúdo em suas redes sociais. A decisão judicial determina que ele também exclua a mídia. A juíza lembrou do perigo da demora, considerando a potencialidade lesiva do conteúdo para a imagem do candidato, além da ampla disseminação do vídeo.
Decisão da Justiça Eleitoral em São Paulo
A decisão da juíza Cláudia Barrichello não é um episódio isolado. A Justiça Eleitoral já havia concedido a Boulos três direitos de resposta nas redes sociais de Marçal após ele ter insinuado, durante um debate entre candidatos à Prefeitura de São Paulo, que o psolista seria usuário de drogas.
Na semana anterior, Marçal chegou a chamar Boulos de “aspirador de pó”, evidenciando a hostilidade entre os candidatos. A defesa de Marçal recorreu da decisão do TRE-SP e conseguiu uma liminar com efeito suspensivo, impedindo que os direitos de resposta de Boulos fossem veiculados. Esse efeito suspensivo permanecerá até o julgamento do recurso pelo plenário do tribunal.
Quem são os candidatos à Prefeitura de São Paulo?
Além de Pablo Marçal e Guilherme Boulos, outros candidatos concorrem à Prefeitura de São Paulo em 2024. Conheça quem são eles:
- Altino Prazeres (PSTU)
- Bebetto Haddad (DC)
- João Pimenta (PCO)
- José Luiz Datena (PSDB)
- Marina Helena (Novo)
- Ricardo Nunes (MDB)
- Ricardo Senese (UP)
- Tabata Amaral (PSB)
A questão das acusações e difamações durante a campanha eleitoral não é novidade, mas tem se intensificado com o uso das redes sociais. As implicações dessas ações podem ser graves, prejudicando a imagem do candidato e influenciando o eleitorado de maneira significativa.
As redes sociais permitem uma disseminação rápida e ampla de conteúdo, tornando as acusações mais penetrantes e difíceis de controlar. Isso levanta questões sobre a integridade das campanhas e a necessidade de uma fiscalização mais rigorosa por parte da Justiça Eleitoral.