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No último sábado, 17 de agosto de 2024, milhares de venezuelanos e simpatizantes da causa tomaram as ruas em diversas cidades da América Latina, Estados Unidos e Europa. Estas manifestações visavam pressionar o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela, controlado pelo regime chavista, a divulgar as atas eleitorais da votação de 28 de julho.
Registros de manifestações foram contabilizados em muitos lugares como Canadá, Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, Estados Unidos, México, Panamá, Paraguai e Peru. A oposição acusa o governo de Nicolás Maduro de manipulação eleitoral, alegando que o verdadeiro vencedor das eleições foi Edmundo González Urrutia, ex-diplomata.
Maduro rejeita proposta de segundo turno
No dia 15 de agosto de 2024, Nicolás Maduro rejeitou categoricamente a proposta de um segundo turno das eleições presidenciais. A ideia foi sugerida pelo presidente brasileiro, Lula, e pelo mandatário colombiano, Gustavo Petro. Esta recusa foi um dos estopins para as manifestações globalmente organizadas.
Em Madri, milhares de pessoas se agruparam na icônica praça Puerta del Sol. Ali, manifestaram apoio aos líderes oposicionistas venezuelanos e deram voz ao seu protesto contra o regime de Maduro. De acordo com os organizadores, esse foi o maior protesto entre os mais de 300 ocorridos em todo o mundo.
Quem organizou e quem participou das manifestações
As manifestações foram convocadas pela Plataforma de Unidade Democrática (PUD), principal coalizão de oposição na Venezuela, liderada por María Corina Machado. Venezuelanos residentes no Brasil, Colômbia e México também se mobilizaram, criticando a posição de seus respectivos governos, que sugeriram negociar com o regime de Maduro.
- Em Brasília, os manifestantes se concentraram em frente à embaixada venezuelana.
- Na Colômbia, as ruas de Bogotá foram palco de expressivas manifestações.
- Na Argentina, a concentração em Buenos Aires é impressionante.
Impresionante la concentración en Buenos Aires.
— Gabriel Bastidas (@Gbastidas) August 17, 2024
Argentina defiende la verdad de Venezuela.
Abajo la dictadura. pic.twitter.com/iMxSSQIcyi
- No México, a concentração ocorreu na Cidade do México, próxima ao Zócalo.
- Em Madri, Puerta del Sol lota ruas em apoio a María Corina Machado e Edmundo González Urrutia.
🇻🇪🇪🇸 | IMPRESIONANTE
— UHN PLUS (@UHN_Plus) August 17, 2024
¡Lleno total! Así se encuentra la Puerta del Sol de Madrid, en apoyo a María Corina Machado y a Edmundo González Urrutia. pic.twitter.com/yKSK6qrylM
Fraude eleitoral: O que diz a oposição?
Os manifestantes exibiram cópias das atas eleitorais fornecidas pela oposição, que indicam que Edmundo González recebeu 67% dos votos. Comparativamente, Nicolás Maduro teria obtido apenas 30%. No entanto, o CNE proclamou Maduro reeleito com 52% dos votos, enquanto González ficou com 43%, gerando uma nova onda de desconfiança e protesto.
María Corina Machado mobilizou os atos globais, apelando para a “verdade” sobre os resultados das eleições. As manifestações dessa magnitude tentam forçar o CNE a divulgar as atas eleitorais originais e autênticas.
Presença de María Corina Machado e o apelo internacional
Na capital venezuelana, Caracas, María Corina Machado fez uma aparição pública diante de milhares de pessoas, após ter permanecido algum tempo sob proteção para garantir sua segurança. Um dia antes das manifestações, 22 países e um grupo de nações da União Europeia exigiram a “publicação imediata das atas originais” e uma verificação “imparcial e independente” dos resultados eleitorais da Venezuela.
Os protestos globais refletem o descontentamento crescente da diáspora venezuelana e de simpatizantes da democracia ao redor do mundo. A questão agora é se essa pressão internacional resultará em mudanças concretas na transparência dos processos eleitorais na Venezuela.