O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, em pronunciamento nesta sexta-feira, 2 de agosto de 2024, reiterou sua posição de que a direita “fascista” mundial tem tentado invalidar sua reeleição para mais um mandato de seis anos. A afirmação foi feita durante uma coletiva de imprensa, onde Maduro apontou diretamente para os Estados Unidos e o bilionário Elon Musk como os principais articuladores dessa tentativa de golpe de Estado.
Maduro alegou que os Estados Unidos, juntamente com seus aliados, estão tentando deslegitimar suas vitórias eleitorais para criar uma nova força no país. O presidente afirmou que o candidato da oposição, Edmundo González Urrutia, não está respeitando a constituição e os acordos estabelecidos antes das eleições.
Direita “Fascista” Mundial e o Papel dos Estados Unidos na Contestação das Eleições
Segundo Nicolás Maduro, a situação que a Venezuela enfrenta atualmente é semelhante à contestação das eleições de 2020 nos Estados Unidos, onde Donald Trump alegou manipulação dos resultados a favor de Joe Biden. Maduro destacou que, na época, a Venezuela reconheceu a vitória de Biden 48 horas após a confirmação dos resultados, mostrando seu comprometimento com a democracia internacional.
Como os Protestos Afetam a Estabilidade na Venezuela?
O presidente também criticou os protestos que tomaram conta das ruas da Venezuela após o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), que é controlado pelo governo, confirmar sua vitória no domingo, 28 de julho de 2024. Ele desafiou os líderes de direita, incluindo Antony Blinken, secretário de Estado dos EUA, a justificarem se os ataques a universidades e escolas podem ser considerados manifestações pacíficas e democráticas.
Destruição e Vandalismo nos Protestos
Maduro acusou os manifestantes de destruírem 250 módulos policiais e afirmou que hospitais e ambulatórios foram queimados e vandalizados. Ele também mencionou que 11 estações de metrô foram atacadas, além de 27 monumentos e estátuas de figuras históricas como Simón Bolívar e Hugo Chávez serem derrubados. Além disso, 10 sedes do CNE foram alvos de vandalismo, questionando novamente se essas ações poderiam ser consideradas manifestações pacíficas.
O Que Disse o Departamento de Estado dos EUA?
Na quinta-feira, 1º de agosto de 2024, o Departamento de Estado dos Estados Unidos emitiu um comunicado afirmando que Nicolás Maduro perdeu as eleições presidenciais realizadas em 28 de julho. O órgão destacou que, de acordo com boletins divulgados pela oposição, Edmundo González Urrutia obteve a maioria dos votos.
- “Dadas as evidências esmagadoras, está claro para os Estados Unidos e, mais importante, para o povo venezuelano que Edmundo González Urrutia obteve a maioria dos votos nas eleições presidenciais da Venezuela em 28 de julho”, afirmou o comunicado.
- O presidente venezuelano criticou severamente o posicionamento dos EUA, juntamente com as ações de outros representantes internacionais que, segundo ele, tentam desestabilizar a nação.
É evidente que a situação na Venezuela continua a ser uma questão complexa com múltiplas facetas. As declarações de Nicolás Maduro e a reação internacional são apenas uma parte desse cenário tumultuado.