Foto: Divulgação/Greenpeace
O Brasil está enfrentando uma alarmante onda de queimadas, e o mês de julho de 2024 foi o pior dos últimos 20 anos. Esse cenário foi confirmado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que contabilizou impressionantes 22.478 focos de calor no período. Esse é o maior número desde 2005, quando foram registrados 30.235 focos de incêndio.
O impacto desse aumento não é apenas estatístico, mas também ambiental e social. Mais de mil cidades brasileiras estão sofrendo com seca severa e enfrentam um risco constante de queimadas. Esse cenário é particularmente preocupante, pois o aumento das queimadas está intimamente relacionado às condições climáticas extremas que o país está enfrentando.
Por que a Amazônia lidera no número de incêndios?
A Amazônia teve julho mais devastador dos últimos 20 anos, com 11.434 focos de calor identificados via satélite. Esse é um aumento expressivo se comparado à média histórica mensal de 6.164. Em comparação, julho de 2023 registrou “apenas” 5.772 focos de calor. O estado do Amazonas foi fundamental para esse aumento, contabilizando 4.241 focos de calor, um recorde significativo dada a média histórica de 757 focos.
Como o período seco afeta o Pantanal?
Outro bioma que resiste a números recordes de queimadas é o Pantanal. Em julho, o Pantanal registrou 1.218 focos de calor, muito acima da média histórica de 441. Esses números revelam uma tendência preocupante e destacam a importância de entender e mitigar as causas dessas queimadas.
O que explica o incremento das queimadas?
Especialistas do Greenpeace Brasil alertam que o número de queimadas pode aumentar ainda mais. Isso porque julho é o início do “verão amazônico”, um período caracterizado pela diminuição das chuvas e da umidade relativa do ar, além do aumento das temperaturas. Esses fatores deixam a vegetação mais seca e propensa ao fogo.
Principais motivos para o aumento das queimadas:
- Condições Climáticas: Altas temperaturas e baixos índices de umidade facilitam a propagação do fogo.
- Desmatamento: A retirada da cobertura vegetal deixa o solo mais vulnerável às queimadas.
- Agricultura e Pecuária: Técnicas como o uso do fogo para limpar áreas de pasto e plantações contribuem para o aumento dos focos.
- Falta de Fiscalização: Políticas públicas insuficientes e a falta de recursos para fiscalização intensificam o problema.
Como podemos combater as queimadas?
Combatê-las requer um esforço conjunto de diversas frentes. Ações imediatas incluem o aumento da fiscalização e punições mais severas para quem promove queimadas ilegais. A médio e longo prazo, é imprescindível investir em políticas de preservação ambiental e em educação para conscientizar a população sobre os riscos e danos causados pelas queimadas.
Dicas para prevenção de queimadas:
- Evite o uso de fogo para limpar terrenos.
- Denuncie queimadas ilegais aos órgãos responsáveis.
- Participe de campanhas de conscientização ambiental.
- Ajude a resguardar áreas verdes, especialmente em épocas de seca.
- Promova práticas agrícolas sustentáveis.
Em resumo, o aumento das queimadas no Brasil é um problema grave que requer ação rápida e eficaz de todos os setores da sociedade. A Amazônia e o Pantanal são biomas de importância global, e a sua preservação é crucial para o equilíbrio ambiental do planeta.