Martin Gilian, chefe dos juízes do breaking na Olimpíada de Paris e também praticante da modalidade, explicou a razão pela qual Rachael ‘Raygun’ Gunn, australiana de 36 anos, recebeu nota zero em suas apresentações. A situação virou alvo de críticas e piadas nas redes sociais.
Gilian explicou que a avaliação é feita com base em cinco critérios comparativos. Ele destacou: “Nós estamos com ela. Temos cinco critérios comparativos no sistema dos juízes. O ponto é que o nível dela apenas talvez não tenha sido tão alto quanto o dos outros competidores. Repito: é um sistema de nota comparativo. Os rivais dela foram melhores, mas isso não quer dizer que ela foi péssima. Ela ofereceu o seu melhor”, afirmou Gilian ao jornal MetroUK.
Critérios de Avaliação no Breaking Olímpico
O sistema de julgamento do breaking olímpico baseia-se em cinco critérios principais:
- Musicalidade: A capacidade do dançarino de seguir e interpretar a música;
- Técnica: A execução precisa dos movimentos;
- Criatividade: A originalidade e a inovação dos movimentos;
- Performance: A energia e a presença de palco;
- Resposta: A maneira como o competidor responde aos movimentos do oponente em batalhas.
Quem é Rachael ‘Raygun’ Gunn?
Gunn, que buscou inspiração em elementos de sua cultura, como os cangurus, é conhecida por tentar inovar e trazer originalidade às suas apresentações. Ela representou a Austrália e a Oceania e se qualificou para as Olimpíadas após vencer a eliminatória da sua região.
Concorrência acirrada na competição de breaking
A competição de breaking nas Olimpíadas de Paris foi extremamente disputada. “Ela estava representando a Austrália e a Oceania e oferece o seu melhor. Ela venceu a eliminatória da Oceania. Se alguém está se perguntando como ela chegou às Olimpíadas, é porque ela se qualificou em sua região. Infelizmente, outras atletas foram melhores. É por isso que ela não passou de seu round”, explicou Gilian.
Resposta de Gunn às Críticas
Rachael Gunn participou de três batalhas sem conseguir pontuar e foi alvo de piadas nas redes sociais. Internautas ridicularizaram seus movimentos, comparando-a a um canguru e até ao personagem Homer Simpson, conhecido por suas desajeitadas quedas. Em resposta, Gunn defendeu sua “criatividade” e liberdade artística, argumentando que sua performance refletia sua identidade cultural e tentava trazer algo inovador ao cenário do breaking olímpico.
Gilian enfatizou o apoio da comunidade do breaking e do hip hop a Gunn, afirmando que ela estava apenas tentando trazer algo novo, algo original e representativo de seu país. “Pessoalmente, sinto muito. A comunidade do breaking e do hip hop com certeza oferece seu apoio a ela. Ela estava apenas tentando trazer algo novo, algo original e representativo de seu país”, comentou.
Apesar das críticas e da recepção negativa, a abordagem única de Rachael Gunn no breaking olímpico certamente adicionou uma nova camada de discussão e reflexão sobre a criatividade e a originalidade no esporte.