Foto: Reprodução/Hezbollah Military Media Office/AFP.
As Forças de Defesa de Israel (FDI) confirmaram neste sábado a eliminação de Nazih Abed Ali, um destacado membro do Hezbollah, na região de Bazuriya, no sul do Líbano. As autoridades israelenses identificaram Abed Ali como um importante terrorista na frente sul do grupo xiita libanês.
Segundo as FDI, Abed Ali esteve envolvido em várias atividades terroristas, planejando e executando ações contra Israel. A eliminação desse líder representa um significativo golpe para as capacidades do Hezbollah na região, especialmente num momento de crescente tensão.
Sistema de defesa israelense em ação
O famoso “Domo de Ferro”, sistema de defesa contra mísseis de Israel, interceptou projéteis disparados pelo Hezbollah a partir do sul do Líbano. O conflito entre Israel e Hezbollah intensificou-se desde outubro, culminando em múltiplas trocas de tiros que resultaram em centenas de mortos e feridos em ambos os lados.
As tensões na fronteira entre Israel e Líbano aumentaram após o início da guerra na Faixa de Gaza em 8 de outubro do ano passado. Tanto as mortes de civis quanto de militares continuam a crescer, exacerbando a situação já precária na região.
Como o Hezbollah reage a esses conflitos
O Hezbollah, por sua vez, confirmou a morte de Nazih Abed Ali, mas não revelou detalhes adicionais sobre as circunstâncias do ataque. Este incidente ocorre em um período de retaliações prometidas pelo grupo após o assassinato de seu líder militar, Fuad Shukr, na quarta-feira.
A Agência Nacional de Notícias (ANN) do Líbano também relatou a morte de uma pessoa e ferimentos em outras duas, após um ataque de drone israelense ao veículo em que viajavam na mesma região.
Impacto dos conflitos na região
A fronteira entre Israel e Líbano enfrenta seu maior pico de tensão desde 2006. As hostilidades resultaram na morte de mais de 580 pessoas, a maioria do lado libanês, incluindo 355 membros do Hezbollah, alguns deles na Síria, bem como cerca de 110 civis.
Do lado israelense, 47 pessoas foram mortas no norte do país, sendo 22 militares e 25 civis, incluindo 12 menores drusos no ataque de Majdal Shams, nas Colinas de Golã ocupadas, ocorrido há uma semana.
O futuro do conflito entre Israel e Hezbollah permanece incerto. As hostilidades atuais são uma continuação das tensões históricas na região, exacerbadas por eventos recentes. Ambos os lados prometem continuar a lutar, com o Hezbollah jurando vingança pelas mortes de seus comandantes, e Israel mantendo uma postura defensiva rigorosa.
Com o sistema de defesa “Domo de Ferro” em pleno funcionamento, Israel busca proteger seus cidadãos dos ataques do Hezbollah, enquanto este grupo continua suas ações em solidariedade às milícias islâmicas palestinas na Faixa de Gaza. Ao que tudo indica, a situação na fronteira leste do Mediterrâneo permanecerá instável por um bom tempo.