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O naufrágio do iate de luxo estimado em 30 milhões de libras (R$ 218 milhões) na Sicília, Itália, na última segunda-feira, abalou a comunidade náutica internacional. A Italian Sea Group, proprietária da construtora do iate, Perini Navi, afirmou que a tragédia foi resultado de falhas humanas. Através de uma análise criteriosa dos dados do incidente, a empresa conduz uma investigação para entender melhor o que aconteceu.
Giovanni Costantino, CEO da Italian Sea Group, foi explícito ao indicar que o iate afundou por causa da entrada de água, atribuída diretamente aos erros cometidos pela tripulação. Desde que o iate foi atingido pelo vento até seu afundamento, passaram-se 16 minutos, tempo que deveria ser suficiente para que a tripulação agisse rapidamente e informasse os passageiros sobre o perigo iminente.
Tripulação Sob Investigação Após Naufrágio de Iate
A investigação revelou que uma série de equívocos cometidos pela tripulação contribuiram para o naufrágio. Os dados do AIS (Sistema de Identificação Automática) mostraram que o iate começou a inundar após sofrer uma rajada de vento, o que provocou uma série de falhas críticas. A Italian Sea Group forneceu todas as informações relevantes às autoridades de Termini Imerese, que agora estão avaliando as causas do acidente.
De acordo com Costantino, entre os erros identificados estão a escotilha da popa aberta e a falta de reação adequada da tripulação ao sinal de tempestade. Ele ainda mencionou que a quilha do iate deveria ter sido baixada para estabilidades adicionais, o que não foi feito. A tripulação, ciente das condições climáticas adversas, tinha a obrigação de atuar de maneira preventiva para garantir a segurança de todos a bordo.
Por Que o Naufrágio do Iate Ocorreu?
Giovanni Costantino, em entrevista ao jornal “Corriere della Sera”, ressaltou que a tripulação do iate ignorou avisos meteorológicos que indicavam a tempestade. Ele questionou a negligência comparando a ação dos pescadores locais que evitaram sair ao mar devido ao clima. Segundo o CEO, nenhum pescador de Porticello se arriscou na noite da tempestade, enquanto o iate seguiu em frente sem as devidas precauções.
O porta-voz da Italian Sea Group reforçou a ideia de que o iate Bayesian foi construído seguindo os mais altos padrões de segurança. Ele apontou que, se os procedimentos adequados tivessem sido seguidos, o iate não teria afundado, mesmo sob condições climáticas severas. A entrada de água pelas vigias abertas foi identificada como o fator decisivo para o naufrágio.
Como a Tempestade Iniciou o Trágico Naufrágio?
O iate Bayesian, com seus 56 metros de comprimento e um impressionante mastro de 74 metros, foi completado em 2008 e havia passado por uma reforma em 2020. Apesar de seu design robusto, ele não resistiu ao tornado que o atingiu, devido às falhas na condução da navegação e aos erros humanos.
Erros da Tripulação e Fatalidades
- Escotilha da popa deixada aberta
- Falta de posicionamento correto da quilha
- Pessoas permanecendo em cabines durante a tempestade
- Negligência em relação às previsões meteorológicas
Autoridades italianas estão investigando se a negligência com as vigias abertas pode ter contribuído para a tragédia. A Italian Sea Group sustenta que o projeto do iate era resistente a tempestades, mas a falha em seguir os protocolos básicos comprometeu a segurança da embarcação.
Resgates e Investigação sobre o Naufrágio
Quinze pessoas foram resgatadas, incluindo o capitão do iate, James Cutfield, de 51 anos. Ele foi questionado por autoridades por duas horas logo após o incidente. Infelizmente, a tragédia resultou na morte de pessoas influentes como Mike Lynch, empresário de tecnologia, Jonathan Bloomer, presidente do Morgan Stanley International, sua esposa Judy Bloomer, o advogado Christopher Morvillo e sua esposa Neda Morvillo, além do chef Recaldo Thomas. A filha de Lynch, Hannah, permanece desaparecida.
A firma continua a cooperar com as investigações para esclarecer as circunstâncias do naufrágio, visando aumentar a segurança e evitar futuras tragédias semelhantes.