Você sabia que estudantes com mais de 16 anos também podem começar a contribuir com a Previdência Social? Mesmo sem estar no mercado de trabalho formal, esses jovens têm a opção de iniciar suas contribuições como autônomos ou contribuintes facultativos. Isso pode trazer uma série de benefícios e garantir futuros direitos previdenciários.
Os estudantes que optam por essa modalidade começam a contabilizar seu período de contribuição, o que é essencial para a aposentadoria no futuro. Além disso, passam a ter acesso a direitos como salário-maternidade, auxílio por incapacidade e pensão por morte. Continue lendo para entender como funciona todo esse processo.
Como um estudante pode contribuir para o INSS?
Para começar a contribuir com a Previdência Social, o estudante deve primeiramente fazer sua inscrição no INSS, gerando um número NIT/PIS/Pasep. Este número é essencial para todas as etapas seguintes. Aqui está um passo a passo simples para ajudar nesse processo:
Passo a passo para inscrição no INSS
- Acesse o site “Meu INSS”;
- Selecione a opção “Inscrever no INSS”;
- Clique em “Cidadão” e depois em “Inscrição”;
- Escolha “Filiado” e siga as instruções na tela.
Como iniciar a contribuição após a inscrição?
Depois de fazer a inscrição, o próximo passo é emitir a Guia da Previdência Social (GPS). Esta guia pode ser adquirida fisicamente em lotéricas e papelarias ou de forma digital no site ou aplicativo do INSS. Veja como proceder:
Emissão da guia de pagamento (GPS)
- Acesse a seção “Serviços sem senha” no site do INSS;
- Escolha “Emitir Guia de Pagamento (GPS)”;
- Informe o número NIT/PIS/Pasep e marque a opção ‘Não sou um robô’;
- Confirme os dados inseridos;
- Digite as informações de competência, remuneração e selecione o código adequado;
- Gerar a GPS e realizar o pagamento até o dia 15 do mês subsequente ao da referência da contribuição.
É vital lembrar que, se o dia 15 cair em um feriado ou fim de semana, o pagamento deve ser realizado no próximo dia útil.
Quais são os valores de contribuição para estudantes?
Os estudantes têm diferentes opções de contribuição, cada uma com suas particularidades. Veja as principais alternativas:
- 20% do valor escolhido, respeitando os valores mínimo (salário-mínimo) e máximo (teto previdenciário);
- 11% sobre o salário-mínimo;
- 5% do salário-mínimo, para famílias de baixa renda inscritas no Cadastro Único (CadÚnico), com renda familiar de até dois salários-mínimos.
Para a contribuição de 5%, o CadÚnico deve ser atualizado a cada dois anos.
Por que vale a pena começar a contribuir cedo?
Especialistas em finanças destacam que iniciar as contribuições cedo é altamente benéfico. Para se aposentar pela Previdência Social, é necessário um tempo mínimo de contribuição de 35 anos para homens e 30 anos para mulheres, além de idades mínimas de 65 anos e 62 anos, respectivamente. Virginia Prestes, educadora financeira, afirma que começar cedo ajuda a criar uma maior consciência financeira.
Além disso, a Previdência Social é inclusiva, alcançando pessoas de baixa renda que poderiam não ter acesso a previdência privada ou outros investimentos. Da mesma forma, Celia Badari, educadora financeira, ressalta que a previdência social pode ser um complemento à previdência privada, proporcionando uma proteção adicional.
Portanto, começar a contribuir com a Previdência desde cedo é uma forma de garantir segurança financeira e diversos direitos previdenciários no futuro.