Fernando Cluster, um carpinteiro de 45 anos, foi levado ao Hospital Emory University Hospital Midtown, em Atlanta, nos Estados Unidos, em setembro de 2022. Após uma hemorragia intracerebral, ele enfrentou um cenário surpreendente: perdeu uma parte significativa do crânio durante um procedimento médico de rotina. O incidente gerou uma série de complicações médicas e financeiras para Fernando e sua família.
A remoção de uma parte do crânio visa reduzir a pressão cerebral, mas a perda de um pedaço de 11,4 × 15 centímetros é algo incomum. A equipe médica responsável não conseguiu localizar o fragmento após a cirurgia. O caso ganhou repercussão após ser divulgado pelo jornal americano Atlanta Journal-Constitution.
Como uma parte do crânio de Cluster foi perdida?
Depois da intervenção médica inicial, Fernando Cluster descobriu que a parte removida de seu crânio havia sumido no hospital. Segundo a equipe médica, o fragmento estava em meio a uma pilha de outros pedaços de ossos não identificados. Isso forçou a equipe a optar por ossos sintéticos para preencher o “buraco” na cabeça de Cluster.
- Equipe médica não encontrou o fragmento ósseo no freezer.
- Retalhos ósseos não tinham identificação completa ou estavam ausentes.
- Cluster teve que aguardar seis semanas para uma nova cirurgia.
- Contas médicas totalizaram cerca de R$ 793.571,44.
A perda do fragmento causou uma pressão constante no lado direito do crânio de Cluster. Além dos problemas físicos, a situação gerou estresse emocional e financeiro, uma vez que o hospital inicialmente cobrou cerca de US$ 19 mil pelos procedimentos, equivalente a R$ 100 mil na cotação atual.
Quais foram as consequências para Fernando Cluster?
Depois da substituição do fragmento perdido por ossos sintéticos, Fernando enfrentou complicações adicionais. Ele contraiu uma infecção e necessitou de uma cirurgia adicional, ficando incapaz de trabalhar por um tempo considerável. Estas complicações aumentaram ainda mais as despesas médicas da família.
A esposa de Cluster também foi afetada emocionalmente, pois a situação causou um grande estresse na família. Juntos, eles decidiram processar o hospital, buscando indenização pelas contas médicas e danos emocionais. A advogada do casal, Chloe Dallaire, destacou a negligência da instituição e a falta de atitude proativa do hospital em ajudar a família.
Como Fernando e sua família estão lidando com este caso?
Desde o incidente, Fernando e sua esposa estão em busca de justiça. Com a ajuda da advogada Chloe Dallaire, eles processaram o Hospital Emory University Hospital Midtown. Chloe destacou que, além das cobranças indevidas, o foco está na “flagrante perda de uma parte do corpo” e na atitude irreverente do hospital.
- Processo legal contra o hospital.
- Pedido de indenização pelos custos médicos.
- Busca por reparação de danos emocionais.
- Advogada Chloe Dallaire representa o casal.
No final do tratamento, as despesas de Fernando ultrapassaram US$ 146.800, aproximadamente R$ 793.571,44. Mesmo com a situação complicada, o hospital não ofereceu nenhum desconto pelo tratamento, segundo Cluster.
Perder fragmentos ósseos de um paciente durante um procedimento médico é algo raro e negligente. A prática padrão inclui rigorosos protocolos de identificação e armazenamento de retalhos ósseos. No entanto, no caso de Cluster, houve falhas críticas no processo, que resultaram na infeliz perda do fragmento.
Incidentes como este são instruções para melhorar a segurança e os protocolos nos hospitais. A situação de Cluster destaca a importância de uma gestão rigorosa e transparente dos materiais biológicos, para evitar complicações futuras e garantir a segurança dos pacientes.