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Na última sexta-feira (23/8), o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, tomou uma decisão contundente ao exonerar sete policiais militares que se encontravam em estágio probatório. Entre os exonerados, destaca-se o soldado de 2ª classe Pedro Sanches Almeida dos Santos, preso em flagrante por posse de drogas.
Sanches foi preso em 2020 com 24 gramas de maconha, 24 gramas de cocaína e 15 ml de cloreto de metileno, substância conhecida como “loló”. A prisão em flagrante e a subsequente condenação a cinco anos de prisão em regime aberto não impediram que ele fosse demitido da corporação por falta de comprometimento com os valores e deveres éticos e disciplinares da Polícia Militar de São Paulo (PMSP).
Exoneração de Pedro Sanches Almeida dos Santos
A decisão de exonerar Pedro Sanches, segundo o governador, foi tomada devido à ausência de “comprometimento com os valores, os deveres éticos e a disciplina policiais-militares”, conforme estipulado no artigo 16 da lei complementar 1.291/2016.
Após ser preso em flagrante em 2020, Sanches passou um período detido até obter um habeas corpus em setembro de 2021. Em fevereiro de 2022, foi condenado a cinco anos de prisão, mas conseguiu o direito de recorrer em liberdade. No entanto, essa série de ocorrências levou sua carreira militar a um fim prematuro.
Outros policiais exonerados
Além de Pedro Sanches, outros seis policiais foram exonerados pelo governador Tarcísio de Freitas. Conheça os detalhes:
- Soldado Raphael Teixeira Inácio: Natural de Minas Gerais, foi preso por suspeita de roubo em 2017, mas posteriormente inocentado. Reprovado na etapa de investigação social do concurso por omitir sua passagem criminal, conseguiu uma liminar na Justiça para concluir o curso da PMSP, mas foi demitido por baixo desempenho e falta de aptidão.
- Soldado Gabriel Lima Monteiro: Exoneração pelos mesmos critérios que Raphael Teixeira Inácio.
- Soldado Kátia Aparecida dos Santos Rocha: Demitida por não apresentar “perfil psicológico compatível com o cargo”.
- Soldado Maicon de Souza Mendonça: Exonerado por ausência de “condições de saúde física e mental”.
- Soldado Geraldo Damasceno Vieira: Acusado de falta de dedicação e comprometimento com os valores da PMSP.
- Soldado Vanessa Almeida Campagnoli: Exoneração devido à falta de “aptidão para a carreira”, “dedicação ao serviço”, e perfil psicológico inadequado.
O que motivou as exonerações?
O governador Tarcísio de Freitas defendeu que a decisão foi baseada em critérios rígidos de avaliação de conduta e desempenho. A iniciativa busca reforçar os padrões éticos e disciplinares da Polícia Militar, assegurando que somente os profissionais que demonstram aptidão e comprometimento permaneçam na corporação.
Os argumentos variam desde a falta de aptidão para a carreira, comprometimento com os valores e disciplina da PMSP até questões relacionadas à saúde física e mental. No caso de Raphael Teixeira Inácio, a falta de sinceridade no processo de inscrição e o baixo desempenho no curso foram determinantes para sua exoneração.
Implicações para a PMSP
A decisão de Tarcísio de Freitas sublinha um esforço em manter a integridade e a ética dentro da corporação. O processo de exoneração desses policiais, especialmente em estágio probatório, serve como um alerta para outros membros da PMSP sobre a importância de alinhamento com os valores e deveres da instituição.
A medida também busca restaurar a confiança da sociedade na Polícia Militar, mostrando que faltas graves e descomprometimento não serão tolerados. Além disso, reforça a importância de um processo de seleção e formação rigoroso e transparente para a manutenção da ordem e segurança pública.
Assim, a exoneração desses sete policiais militares sinaliza um firme posicionamento do governo frente à necessidade de policias mais comprometidos e alinhados com os valores éticos estabelecidos pela corporação, garantindo a segurança e confiança da população.